Interferons: as proteínas que são aposta contra o coronavírus
Essas glicoproteínas já são usadas em doenças como a hepatite C e a esclerose múltipla, e agora estão sendo testadas contra a covid-19
Vários testes estão em andamento nos Estados Unidos e em outros lugares para verificar se a administração precoce de medicamentos com interferons para pacientes com coronavírus pode prevenir doenças graves ou acelerar a recuperação.
Os interferons são proteínas imunológicas produzidas naturalmente pelo corpo que normalmente interferem no ciclo de vida de um vírus – daí o nome interferon.
Além de suas propriedades antivirais, eles convocam células assassinas naturais, “os melhores soldados, por assim dizer, do sistema imunológico inato”, diz Anthony S. Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, em entrevista ao The Washinton Post.
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Os tratamentos com interferons já são usados em doenças como a hepatite C e a esclerose múltipla.
Ação contra o coronavírus
Em estudos em cultura de células e em animais, os interferons conseguiram inibir fortemente os efeitos do coronavírus, o que indica que esse pode ser um caminho possível no tratamento de pacientes diagnosticados com covid-19.
Só que os cientistas descobriram que essa proteína não demonstra ser tão eficaz em casos graves. Cientistas na França chegaram a essa conclusão após examinar células no sangue de 50 pacientes covid-19 que passaram 10 dias no hospital, como escreveram em um estudo publicado em 7 de agosto na revista Science.
Isso acontece porque quanto mais grave o paciente, menos ele consegue produzir interferon.