Jovem alerta sobre anticoncepcional após quase morrer

Inglesa compartilha sua experiência após sofrer efeitos colaterais da pílula

12/04/2023 05:00

A jovem Holly McComish, moradora de Londres, na Inglaterra, tinha apenas 25 anos quando teve um derrame que quase a matou. Meses antes, ela havia começado a tomar pílula anticoncepcional.

Essa forma de contracepção traz um pequeno risco de coágulos sanguíneos, e o derrame é essencialmente consequência de um coágulo sanguíneo que viajou para o cérebro.

McComish conta que estava em uma reunião de trabalho e foi levada às pressas para o pronto-socorro depois que um colega notou que metade de seu rosto havia caído. Ela também ficou com a visão turva e mal conseguia falar.

Inglesa sofreu um derrame após começar a tomar anticoncepcional
Inglesa sofreu um derrame após começar a tomar anticoncepcional - reprodução/arquivo pessoal/Holly McComish

Buraco no coração

Mais tarde, os médicos descobriram que um coágulo de sangue havia viajado para seu cérebro através de um buraco não diagnosticado em seu coração.

Essa cavidade geralmente se fecha logo após o nascimento, porém, em cerca de 25% das pessoas isso não acontece. A condição é conhecida como forame oval patente (FOP).

Ela optou por fazer uma cirurgia cardíaca para reduzir a probabilidade de isso acontecer com ela novamente.

Jovem sofria de FOP, uma condição caracterizada por um buraco no coração
Jovem sofria de FOP, uma condição caracterizada por um buraco no coração - reprodução/Instagram/holly_mccomish/

A jovem, hoje com 26 anos, disse que não fez nenhum exame básico de saúde antes de iniciar o uso da pílula Microgynon 30 em agosto de 2021.

A londrina relatou que começou a sentir tonturas e fortes dores de cabeça durante os primeiros meses de uso da pílula. “Eu pensei que provavelmente não era nada para se preocupar e que isso era apenas o ajuste do meu corpo”, disse.

Ela agora se dedica a falar sobre o assunto como forma de conscientizar outras meninas sobre os riscos do uso de pílulas anticoncepcionais. A jovem acredita que as mulheres precisam estar melhor munidas de informações sobre os efeitos adversos das pílulas para poderem fazer uma escolha certa.