Jovem de 22 anos já dormiu por 6 meses após tirar soneca no sofá

No seu aniversário de 17 anos, Beth Goodier —  hoje com 22 —  adormeceu e só acordou seis meses depois. Durante 22 horas por dia, ela continuou dormindo, acordando apenas numa espécie de transe para se alimentar e ir ao banheiro.

A jovem é uma das cem pessoas diagnosticadas com Síndrome de Kleine-Levin (KLS), também conhecida como Síndrome da Bela Adormecida, no Reino Unido. Ainda não se sabe a causa nem como curar a enfermidade que afeta principalmente adolescentes, em média com 16 anos de idade, e que permanece ativa pelos próximos 13 anos.

Beth Goodier sofre de Síndrome de Kleine-Levin (KLS) desde os 17 anos

De acordo com Janine, mãe de Beth, ela dormiu cerca de 75% do tempos nos últimos cinco anos, quando o primeiro episódio foi registrado.

A vida de Beth e de outras pessoas que sofrem da síndrome é passar o dia de pijamas, dormindo na cama ou no sofá. Em raras ocasiões, ela sai de casa para visitar um médico, mas precisa usar uma cadeira de rodas porque está sempre muito cansada.

“É sempre assim, dia e noite. Ela pode acordar novamente amanhã e, então, é uma corrida contra o tempo para viver a vida como ela deveria vivê-la. Ela se apressa para conversar com amigos e arrumar o cabelo. Mas ninguém sabe quando ela voltará a dormir“, disse Janine em entrevista ao Daily Mail.

Os primeiros sintomas apareceram quando Beth tinha 16 anos. Ela estava sempre exausta, até que um dia adormeceu no sofá e não acordou. Quando sua mãe tentou acordá-la, viu que a filha não conseguia pronunciar corretamente as palavras e pensou que ela tivesse um tumor no cérebro.

Beth foi levada para o hospital, mas todos os testes tiveram resultados inconclusivos.

Beth Goodier sofre de Síndrome de Kleine-Levin (KLS) desde os 17 anos

Os médicos não conseguiam descobrir o problema de Beth, até que um profissional se lembrou de um colega que enfrentou a mesma situação. Hoje, Beth passa mais tempo dormindo do que acordada.

“O pior sintoma é sua confusão. Quando ela acorda por algumas horas durante o dia, ela não se lembra onde está e fica muito agitada“, explica a mãe.

Com todas as restrições em sua vida, além de sua mãe, Beth tem outra pessoa que sempre está ao seu lado: o namorado Dan a conheceu quando ela acordou momentaneamente, três anos atrás.

“Ele vem visitá-la todos os dias, conversa com ela e espera pela garota que ele se apaixonou voltar. Quando ela está acordada, eles aproveitam o dia normalmente. Ele é um bom homem“, diz Janine.

Beth e o namorado Dan. Ao lado sua mãe, Janine.

Normalmente, Beth não tem mais de duas semanas de vida normal antes que a Síndrome volte a atacar. Os sintomas começar a desaparecer aos 25 anos, quando os episódios vão ficando mais raros até que desapareçam completamente.

“Um dia, quero que Beth possa viajar, possa ter uma família, possa voltar a universidade, possa ser a mulher que ela sempre quis ser. Quando eu estou cuidando dela, eu penso na frase: ‘deixe-a dormir porque, quando ela acordar, ela irá balançar o mundo’“, completou a mãe.

Leia a reportagem completa (em inglês) no Daily Mail.