Jovem foi diagnosticada com amidalite quando na verdade tinha câncer

Chloe Reid começou a ter sintomas em novembro de 2022 e, após um diagnóstico errôneo de amidalite, ela só descobriu doença grave neste ano

08/08/2023 06:40

Chloe Reid ouviu que tinha amidalite, quando tinha câncer em estágio 2
Chloe Reid ouviu que tinha amidalite, quando tinha câncer em estágio 2 - Reprodução/TikTok/@chloereid89

Chloe Reid, de 21 anos, decidiu compartilhar sua história no TikTok, revelando uma realidade perturbadora: muitas vezes os sintomas podem apontar para algo mais sério do que se imagina.

A história de Chloe destaca a importância de permanecer vigilante e questionar diagnósticos superficiais. Isso porque a jovem passou por uma experiência de diagnóstico errôneo que poderia ter sido fatal.

Inicialmente, os médicos a diagnosticaram com amidalite, quando na verdade ela estava com câncer.

Sintomas iniciais

Em uma mensagem de alerta, Chloe compartilhou os sintomas que ela experimentou antes de finalmente receber o diagnóstico correto de linfoma de Hodgkin em estágio 2, em março deste ano.

No vídeo cheio de imagens, incluindo uma de um caroço no pescoço, a jovem enfatizou a importância de reconhecer esses sinais e procurar orientação médica adequada.

Segundo Chloe, os sintomas começaram em novembro e incluíam:

  • suores noturnos;
  • fadiga constante;
  • gânglios linfáticos inchados;
  • dores ao beber álcool;
  • mal-estar o tempo todo.

Apesar disso, os médicos alegaram que era uma “infecção persistente de amidalite”. Isso a levou a passar por exames de sangue e, finalmente, uma biópsia em março.

Foi quando ela recebeu o diagnóstico de linfoma de Hodgkin, câncer que ataca o sistema linfático. A notícia de que a doença estava no estágio 2 trouxe uma série de desafios, incluindo a decisão de congelar seus óvulos para o futuro.

A jovem começou o tratamento de quimioterapia em maio e vem compartilhando cada etapa com seus seguidores do TikTok.

“Primeiro ciclo de quimioterapia concluído, um passo mais perto de entrar em remissão”, relatou no final do vídeo.

Linfoma de Hodgkin

O linfoma ocorre quando as células dos nódulos linfáticos ou os linfócitos, responsáveis por combater as doenças no corpo humano, começam a se multiplicar de forma descontrolada, produzindo células malignas que têm a capacidade de invadir outros tecidos por todo o corpo.

Os tipos principais de linfomas são dois:

  • Linfoma de Hodgkin (HL)
  • Linfoma não Hodgkin (NHL)

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o linfoma de Hodgkin pode ocorrer em qualquer faixa etária; porém é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais).

Fatores de risco

Pessoas com o sistema imune comprometido, como portadores do vírus HIV, com doenças autoimunes ou que fazem uso de drogas imunossupressoras após um transplante de órgão, apresentam risco maior do que o normal.

Apesar de raro, pessoas com histórico da doença na família também têm risco aumentado de desenvolvê-la.

Sintomas, segundo o Inca

Embora não exista forma efetiva de prevenir o linfoma de Hodgkin, é importante se atentar aos sintomas para a detecção precoce.

Os seguintes sinais devem ser observados:

  • Aparecimento de um ou mais caroços (ínguas) sob a pele, geralmente indolor, principalmente no pescoço, virilha ou axilas;
  • Febre e suor noturno;
  • Perda de peso sem motivo aparente;
  • Coceira no corpo;
  • Quando ocorre na região do tórax podem surgir tosse, falta de ar e dor torácica;
  • Quando se apresenta na pelve ou no abdômen, o paciente pode ter desconforto e distensão abdominal.

Além das regiões citadas acima, a doença por surgir em outras parte do corpo. Quando se apresenta na região do tórax, a pessoa pode apresentar tosse, falta de ar e dor.

Já na pelve ou no abdômen, os sintomas são desconforto e distensão abdominal.

Tratamento

A boa notícia é que, na maioria dos casos, o linfoma de Hodgkin é uma doença curável com o tratamento adequado. Geralmente, os médicos optam pela quimioterapia com múltiplas drogas, que pode ou não ser associada à radioterapia.

É crucial lembrar que somente um profissional de saúde pode oferecer orientações adequadas. Esteja atento aos sinais do seu corpo e não hesite em procurar assistência médica sempre que necessário.