Linfoma de Hodgkin: nódulo nas axilas, pescoço e mais 5 sinais

Doença tem cura quando tratada corretamente; veja ao que se atentar para diagnóstico precoce

A morte de uma jovem de 20 anos comoveu amigos na cidade de São Vicente, na Baixada Santista. Isabelle Pereira lutava contra o linfoma de Hodgkin e chegou a mobilizar 170 pessoas para doarem sangue. Ela começou a apresentar os primeiros sintomas da doença em abril de 2020, desde então fazia tratamento.

Isabelle morreu após descobrir linfoma de Hodgkin
Créditos: reprodução/Facebook/Isabelle Pereira
Isabelle morreu após descobrir linfoma de Hodgkin

Antes de chegar ao diagnóstico da doença, Isabelle fez vários exames. Após a confirmação, chegou a realizar uma cirurgia para colocar um cateter perto do coração, e começou a fazer quimioterapias a cada 15 dias.

Em outubro do ano passado, após uma piora, a jovem precisou de transfusão de sangue. Foi quando uma prima dela, fez um apelo por doadores nas redes sociais. Mais de 170 pessoas se comoveram com a história e doaram em nome dela.

No último dia 23, porém, Isabelle acabou não resistindo após ser internada na UTI.

Linfoma de Hodgkin

O linfoma ocorre quando as células dos nódulos linfáticos ou os linfócitos, responsáveis por combater as doenças no corpo humano, começam a se multiplicar de forma descontrolada, produzindo células malignas que têm a capacidade de invadir outros tecidos por todo o corpo.

Os tipos principais de linfomas são dois:

Linfoma de Hodgkin (HL)
Linfoma não Hodgkin (NHL)

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o linfoma de Hodgkin pode ocorrer em qualquer faixa etária; porém é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais).

Os homens têm maior propensão a desenvolver o linfoma de Hodgkin do que as mulheres.

Fatores de risco

Pessoas com o sistema imune comprometido, como portadores do vírus HIV, com doenças autoimunes ou que fazem uso de drogas imunossupressoras após um transplante de órgão, apresentam risco maior do que o normal.

Pessoas com histórico da doença na família também têm risco aumentado de desenvolvê-la.

Sinais e sintomas

Embora não exista forma efetiva de prevenir o linfoma de Hodgkin, é importante se atentar aos sintomas para a detecção precoce.

Os seguintes sinais devem ser observados:

  • Aparecimento de um ou mais caroços (ínguas) sob a pele, geralmente indolor, principalmente no pescoço, virilha ou axilas
  • Febre e suor noturno
  • Perda de peso sem motivo aparente
  • Coceira no corpo

Além das regiões citadas acima, a doença por surgir em outras parte do corpo. Quando se apresenta na região do tórax, a pessoa pode apresentar tosse, falta de ar e dor.

Já na pelve ou no abdômen, os sintomas são desconforto e distensão abdominal.

Nódulos (ínguas) nas axilas pode ser um sinal do linfoma de Hodgkin
Créditos: triocean/istock
Nódulos (ínguas) nas axilas pode ser um sinal do linfoma de Hodgkin

Tratamento

A boa notícia é que, na maioria dos casos, o linfoma de Hodgkin é uma doença curável com o tratamento adequado. Geralmente, os médicos optam pela quimioterapia com múltiplas drogas, que pode ou não ser associada à radioterapia.