Leptospirose: como acontece a transmissão e quais os sintomas
Doença febril apresenta duas fase de manifestações dos sintomas. Saiba quais são elas
Mediante as enchentes que afetam centenas de cidades Rio Grande do Sul, aumentou a preocupação com a leptospirose, que é uma das doenças infecciosas mais comuns em cenários como esses.
Afinal, o que é leptospirose?
A leptospirose é uma doença bacteriana potencialmente grave causada pela bactéria Leptospira.
É uma doença zoonótica, o que significa que é transmitida entre animais e humanos.
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Sua transmissão ocorre a partir da exposição direta ou indireta a urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira.
Essa bactéria pode penetrar através da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas. Comer ou beber alimentos ou água contaminados também representam risco.
Como a leptospirose se espalha?
Quase todos os mamíferos (como ratos, cães, cavalos, porcos ou vacas) podem contrair leptospirose. Eles podem apresentar poucos ou nenhum sintoma de doença.
Animais com leptospirose podem contaminar água ou solo, o que espalha a bactéria para outros animais ou humanos.
Como se pega leptospirose?
- Tocar diretamente no xixi ou em outros fluidos corporais de um animal com leptospirose.
- Colocar água ou terra contaminada nos olhos, nariz ou boca ou numa fissura na pele.
- Tendo contato corporal por longos períodos de tempo com a água de chuvas e inundações.
A leptospirose raramente é contagiosa de uma pessoa para outra.
Quais os sintomas da leptospirose?
A leptospiroe pode causar sintomas semelhantes aos da gripe, com febre alta, dor de cabeça e muscular, principalmente nas panturilhas. No entanto, algumas pessoas podem não apresentar nenhum sintoma.
Em casos mais graves, a doença pode levar à icterícia, hemorragia e comprometimento dos rins.
Os sintomas têm início entre dois e 30 dias após o contágio, com a maior parte dos casos ocorrendo entre sete e 14 dias.
De acordo com o Ministério da Saúde, as manifestações clínicas são divididas em duas fases: fase precoce e fase tardia.
Quais são as fases da leptospirose?
Manifestações da fase precoce:
- Febre
- Dor de cabeça
- Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
- Falta de apetite
- Náuseas/vômitos
- diarreia
- dor nas articulações
- vermelhidão ou hemorragia conjuntival
- fotofobia
- dor ocular
- tosse
Manifestações na fase tardia:
- Síndrome de Weil – tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias
- Síndrome de hemorragia pulmonar – lesão pulmonar aguda e sangramento maciço
- Comprometimento pulmonar – tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica
- Síndrome da angustia respiratória aguda – SARA
- Manifestações hemorrágicas – pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central
Como a leptospirose é diagnosticada?
O diagnóstico da leptospirose geralmente é feito com base na combinação de sintomas clínicos, histórico de exposição e testes laboratoriais específicos, como exame de sangue e de urina.
Se a pessoa estiver muito doente, poderá fazer uma radiografia de tórax ou tomografia computadorizada.
Como é o tratamento para leptospirose?
O tratamento para leptospirose se baseia principalmente em antibióticos para combater a infecção bacteriana causada pela bactéria Leptospira.
Além disso, o tratamento pode incluir medidas de suporte para controlar os sintomas e prevenir complicações.
Em casos mais graves, pode ser necessária a hospitalização para tomar antibióticos diretamente por via intravenosa.
Dependendo de quais órgãos são afetados, o médico administra medicamentos ou procedimentos adicionais.
Durante o período de tratamento, é importante que os pacientes com leptospirose descansem adequadamente para permitir que o corpo se recupere. Evitar atividades extenuantes também pode ajudar a prevenir complicações.