Saiba como Linn da Quebrada mantém terapia hormonal dentro do BBB
Tratamento diário prescrito por médico foi autorizado pela produção do programa
Confinada há quase um mês na casa do BBB 22, a cantora Linn da Quebrada segue com sua terapia hormonal para manter as características femininas. A equipe da artista explicou nas redes sociais que isso é feito de maneira tópica com a aplicação de um creme.
O ritual diário, inclusive, já tinha chamado a atenção e despertado a curiosidade dos internautas.
“Muita gente pergunta o que é o creme que a Lina usa todos os dias no corpo depois que toma banho. Explicamos: é um hormônio feminino que compõe a terapia hormonal dela, gente. Prescrito por um médico e autorizado pela produção do programa”, informou a equipe no Twitter.
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O tipo de terapia via transdérmica, utilizada pela Linn, faz com que os hormônios vão direto para a circulação sanguínea. Isso reduz efeitos colaterais, já que não passa pelo fígado, como no caso da reposição oral, que pode sobrecarregar o órgão.
Terapia hormonal ou hormonioterapia
Esse tipo de tratamento para transição de gênero busca amenizar características físicas e biológicas correspondentes com o sexo de nascimento da pessoa, e desenvolver aquelas do sexo com o qual ela se identifica.
Para isso, são utilizados hormônios sexuais. Em casos de homens trans, são administradas dosagens séricas de testosterona total, hormônio luteinizante (LH) e hormônio fólico estimulante (FSH).
Já em mulheres trans, as dosagens séricas são da testosterona total, estradiol total, prolactina, LH e FSH de forma regular durante todo o tratamento hormonal.
A terapia sempre deve ser realizada por um serviço especializado, com endocrinologista especialista e o auxílio de uma equipe multiprofissional e multidisciplinar.
Além do profissional da endocrinologia, esse processo envolve a presença de psicólogos e psiquiatras.
Tratamento é oferecido pelo SUS
A terapia hormonal para pessoas transexais e travestis é oferecida de maneira gratuita pelo SUS – Sistema Único de Saúde. Para ter acesso, a pessoa precisa solicitar encaminhamento na unidade básica de saúde mais próxima da sua casa.
Além da hormonioterapia, também são buscados outros tipos de procedimentos, como implantes de próteses mamárias e cirurgia genital em travestis e mulheres trans, assim como a mastecomia e histerectomia no caso dos homens trans.
Durante o tratamento, a pessoa recebe atendimento especializado e multidisciplinar.
Muitas vezes, com dificuldades de acesso a esse programa, algumas pessoas acabam optando pela automedicação com doses ou formas de aplicação inadequadas, o que acaba acarretando muitos efeitos adversos e problemas de saúde.