Luisa Mell sofre nova convulsão e vai parar no hospital

Não é a primeira vez que a ativista é internada com crises convulsivas. Entenda o que pode estar por trás da condição

A ativista Luisa Mell contou em suas redes sociais, no domingo, que foi internada hospital Albert Einstein, em São Paulo, após sofrer convulsão. Em um vídeo gravado da cama do hospital, ela lamentou o fato de não poder ir votar.

“Tive outra convulsão, não vou nem poder votar hoje. Se Deus quiser, vou ficar bem. Tem um monte de gente me pedindo ajuda, mas não consigo, gente, desculpa”, disse.

Luisa Mell é internada após sofrer convulsão
Créditos: reprodução/Instagram/Luisa Mell
Luisa Mell é internada após sofrer convulsão

Essa não a primeira crise convulsiva que Luisa Mell sofre. Em maio deste ano, ela também precisou ser internada após convulsionar. Na ocasião, a ativista disse que a causa foi o excesso de estresse.

“O Brasil inteiro me pede para eu salvar cachorro. Quando não salvo, falam que eu sou uma farsa. Não aguento mais. Não posso me matar deste jeito”, disse na ocasião.

Convulsão e estresse

De acordo com a Sociedade Brasileira de Epilepsia (SBE), a convulsão acontece quando há um aumento excessivo e desordenado da atividade elétrica das células cerebrais, nesse caso os neurônios.

Esse atividade anormal é o que causa a alterações motoras de uma crise convulsiva, muitas vezes caracterizada por movimentos desordenados, repetitivos e rápidos de todo o corpo.

A crise geralmente é acompanhada pela perda da consciência, aumento da salivação, ranger de dentes, perda do controle do processo urinário e defecação.

A convulsão ocorre em razão de uma descarga elétrica anormal no cérebro
Créditos: MediaProduction/istock
A convulsão ocorre em razão de uma descarga elétrica anormal no cérebro

O estresse pode causar convulsão?

Sim, o estresse emocional, que inclui excesso de preocupação, medo e ansiedade, pode levar a convulsões. Isso porque o estresse produz ou libera certos hormônios relacionados ao sistema nervoso que podem afetar o cérebro.

E as áreas do cérebro importantes para alguns tipos de convulsões, por exemplo, convulsões parciais, são as mesmas áreas do cérebro envolvidas nas emoções e na resposta ao estresse.

Um estudo descobriu que, em alguns pacientes, a ansiedade leva à hiperventilação (respiração excessiva) e a um aumento na atividade cerebral anormal e convulsões.

Quando se conhece o gatilho, o que pode ser feito é modificar ou mudar o estilo de vida para diminuir a chance desses episódios acontecerem.

Outras condições conhecidas que podem levar a convulsões são:

Meningites;
Encefalites;
Epilepsia;
Tétano;
Tumores;
Infecção;
Traumas;
Distúrbios metabólicos, como diabetes  e hopoglicemia
Hemorragia.

O que fazer para ajudar alguém em crise convulsiva:

Não é incomum as pessoas se desesperarem ao ver alguém convulsionando, no entanto, é muito importante interceder para ajudar, afim de evitar que a pessoa sofra ferimentos e até fraturas.

A Sociedade Brasileira de Epilepsia (SBE) explica o que pode ser feito nesses casos:

  • Mantenha-se calmo e acalme as pessoas ao seu redor;
  • Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão;
  • Acomode o indivíduo em local sem objetos dos quais ela pode se debater e se machucar;
  • Utilize material macio para acomodar a cabeça do individuo, como por exemplo; um travesseiro, casaco dobrado ou outro material disponível que seja macio;
  • Posicione o indivíduo de lado de forma que o excesso de saliva ou vômito (pode ocorrer em alguns casos) escorram para fora da boca;
  • Afrouxe um pouco as roupas para que a pessoa respire melhor;
  • Permaneça ao lado da vítima até que ela recupere a consciência;
  • Ao término da convulsão a pessoa poderá se sentir cansada e confusa, explique o que ocorreu e ofereça auxílio para chamar um familiar. Observe a duração da crise convulsiva, caso seja superior a 5 minutos sem sinais de melhora, peça ajuda médica.