Mais da metade dos homens ignora primeiros sinais de incontinência urinária, revela pesquisa
Levantamento aponta que a maioria do homens adia a busca por ajuda médica quando apresentam gotejamentos involuntários
A incontinência urinária, mais comum nas mulheres, também é uma realidade para parcela significativa da população masculina. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, 15% dos homens acima de 40 anos têm gotejamentos involuntários em diferentes ocasiões e, mesmo assim, o tema ainda é considerado tabu.
“A incontinência urinária nos homens está geralmente relacionada ao tratamento cirúrgico do câncer de próstata, o segundo tipo de câncer com maior incidência no público masculino, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, e à bexiga hiperativa”, explica o médico urologista José Carlos Truzzi, membro da Divisão de Urologia do Instituto de Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho e diretor do Departamento de Disfunções Miccionais da Confederação Americana de Urologia (CAU).
“A incontinência urinária nunca deve ser considerada normal. A maioria dos casos é curável e é importante buscar um tratamento ao perceber os indícios iniciais, como perceber que a cueca está molhada ou sentir vontade de urinar e não conseguir segurar até o banheiro”, explica.
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Sinais de incontinência urinária em homens
Os primeiros sinais de incontinência urinária em homens podem incluir:
- Gotejamento ou vazamento urinário ao tossir, espirrar ou levantar peso.
- Urgência urinária, sensação súbita e intensa de necessidade de urinar.
- Frequência aumentada de idas ao banheiro, incluindo micção noturna (noctúria).
- Dificuldade em reter a urina, especialmente após sentir vontade de urinar.
- Esvaziamento incompleto da bexiga, resultando em necessidade de urinar novamente após pouco tempo.
Os primeiros sinais dessa condição tendem a ser ignorados pela maioria do público masculino. De acordo com um estudo encomendado pela TENA, marca mundial em produtos para incontinência urinária adulta, e realizado pela MindMinders, 63% dos entrevistados consideraram normais os gotejamentos iniciais que tiveram e não procuraram ajuda médica.
O estudo também revela que muitos homens enfrentam dificuldades em adaptar sua rotina devido aos escapes, recorrendo até a soluções improvisadas.
De acordo com os dados, 41% dos entrevistados já utilizaram papel higiênico para absorver os gotejamentos de xixi, por exemplo, e 20% utilizam absorventes femininos, que não são adaptados para a anatomia masculina.