Mais de 300 mil gatos morrem após surto desta doença no Chipre
Surto da doença começou em janeiro e já acometeu milhares de felinos no país
Nos últimos seis meses, mais de 300 mil gatos morreram de peritonite infecciosa felina (PIF), doença causada pelo coronavírus felino (FCoV). O surto está concentrado no Chipre, uma das maiores e mais populosas ilhas do Mediterrâneo, conhecida como a “ilha dos gatos”.
Desde janeiro, milhares de gatos de rua e de estimação foram vítimas da doença, que se não tratada corretamente pode ser fatal.
Segundo os dados do Ministério da Agricultura, 107 casos de PIF foram registrados na ilha, mas veterinários afirmam o contrário. Conforme a organização CAT P.A.W.S Cyprus, o número de vítimas da cepa já passa de 300 mil.
- MPox, Coqueluche e dengue: como evitar essas doenças no Brasil
- Morre uma pessoa por malária na Bahia; veja o que causa a doença
- Surto de dengue no Brasil: os sintomas, como transmite e tudo sobre a doença
- França entra em alerta após surto de doença respiratória atípica
Dificuldade em controlar o surto
De acordo com a Associação Veterinária de Pancyprian, o surto começou na capital Nicósia, em janeiro, e se espalhou por toda a ilha.
As autoridades enfrentam dificuldade em contabilizar a quantidade exata de infecções, pois muitos felinos vivem nas ruas da cidade, sem qualquer controle.
Para tentar controlar a situação e evitar que o vírus continue propagando, os gatos domesticados estão em quarentena em clínicas, enquanto veterinários tentam tratar os animais que apresentam os sintomas.
Sintomas e tratamento da PIF
Uma doença viral, a Peritonite Infecciosa Felina é causada pelo coronavírus felino (FCoV). As principais vítimas da doença são gatos filhotes e jovens, com até dois anos.
Os sintomas incluem febre, inchaço abdominal, fraqueza e agressividade. A maioria dos felinos já chegam nas clínicas com sintomas graves e bastante debilitados.
O diagnóstico acaba sendo uma incógnita para os especialistas, que costumam fazer exames laboratoriais gerais e até mesmo pesquisas de anticorpos ou de testes moleculares para a detecção do vírus.
Novos tratamentos estão em desenvolvimento, mas por enquanto os veterinários tratam a doença com cuidados clínicos e nutricionais para tentar desacelerar o avanço. Além disso, eles contam com o uso de medicamentos antivirais liberados para felinos.
Com informações de O Globo.