Medicamento que retarda Alzheimer é aprovado nos EUA
A Food and Drug Administration aprovou o Kisunla na terça-feira para casos leves ou iniciais de demência
Autoridades de saúde dos EUA deram sinal verde para um segundo medicamento para Alzheimer que pode impedir a progressão da doença em estágios iniciais.
A aprovação do novo medicamento ocorreu após um painel externo de conselheiros da FDA votar unanimemente a favor de seus benefícios em uma reunião pública no mês passado.
O donanemab terá o nome comercializal de Kisunla e custará entre 12 mil dólares (para seis meses de tratamento) a 48 mil dólares (18 meses).
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Ele foi especialmente formulado pela Eli Lilly para casos leves ou ou estágios iniciais de demência causada pelo Alzheimer.
Este é o segundo medicamento com evidências de que evita a deterioração cognitiva em pacientes.
A aprovação do primeiro medicamento semelhante, Leqembi, criado pela empresa farmacêutica japonesa Eisai ocorreu no ano passado.
O que é o Kisunla?
O kisunla (donanemab) é um anticorpo intravenoso que, em vez de apenas aliviar os sintomas da doença de Alzheimer, ataca uma das causas. Para isso, ele atua removendo os depósitos de uma proteína chamada beta-amiloide do cérebro.
Dessa forma, ela retarda a progressão da perda de memória e o declínio cognitivo em pessoas com alterações em seus cérebros associadas à doença de Alzheimer.
Injeções contra o declínio cognitivo
Os testes mostraram que as injeções de Kisunla reduzem em 61% os depósitos de amiloide, proteína tóxica no cérebro, durante seis meses de tratamento, em 80% aos 12 meses e 84% aos 18 meses.
Uma vez que o amiloide dos pacientes tenha atingido níveis muito baixos, a Eli Lilly espera que eles possam parar o tratamento.
O medicamento também mostrou eficácia em retardar o declínio cognitivo e funcional em até 35% durante 18 meses de tratamento.
Efeitos colaterais
O principal problema de segurança foi o inchaço e sangramento cerebral, um problema comum a todos os medicamentos que atacam placas amiloides.
As taxas no estudo da Lilly – incluindo 20% dos pacientes com microssangramentos – foram ligeiramente maiores do que as relatadas com o concorrente Leqembi.
No entanto, os dois medicamentos passaram por testes em tipos de pacientes diferentes, o que, segundo especialistas, dificulta a comparação da segurança das drogas.