Médicos se unem à mobilização pelas doulas nas maternidades

Em parceria com Change.org (Oficial)
15/04/2016 20:20 / Atualizado em 19/04/2016 18:32

O debate sobre a autorização de doulas – profissionais que dão suporte às gestantes antes, durante e depois do nascimento do bebê – costuma colocar em lados opostos médicos e defensoras da humanização do parto. No Rio de Janeiro, por exemplo, o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) tem resolução (número 265 de 2012) que proíbe a participação de seus associados em partos domiciliares. Recentemente, o Cremerj também conseguiu na justiça que as maternidades municipais não permitam o acesso de doulas no acompanhando dos partos. Por discordar deste posicionamento, a obstetra e pesquisadora Melania Amorim criou um abaixo-assinado na plataforma Change.org que agrega apoio de médicos e outros trabalhadores da saúde para a mobilização em favor da participação das doulas no suporte às mulheres.

Abaixo-assinado reune apoio de médicos às doulas
Abaixo-assinado reune apoio de médicos às doulas

“Entendemos que há evidências científicas de alta qualidade mostrando que o suporte emocional e físico de uma doula durante o trabalho de parto aumenta a satisfação das mulheres com o parto e o nascimento, além de reduzir a necessidade de intervenções e procedimentos invasivos, por favorecer e facilitar o processo”, defende ela no texto. O abaixo-assinado de Melania soma-se à campanha feita também na Change.org pela professora Morgana Eneile, que teve duas experiências de parto completamente diferentes. “A primeira foi extremamente traumática. Não tive nenhum suporte e só vi meu filho dois dias depois. Na segunda vez, busquei informação e pude ter o auxílio da minha doula. Foi maravilhoso e, parindo, me senti a mulher mais poderosa do mundo!”, conta ela.

Os dois abaixo-assinados foram entregues a deputados estaduais do Rio de Janeiro. O objetivo é que seja aprovada a Lei das Doulas. “Com esta aprovação, a mulher que quiser poderá contar com o suporte das doulas nos seus partos, sem que sua vontade fique submetida a decisões de conselhos”, explica Morgana.

As petições estão em www.change.org/doulas e www.change.org/MedicasApoiamDoulas.