Descoberta a melhor bebida para suprir nutrientes de intolerantes à lactose
O produto tem potencial probiótico e pode ser uma opção para intolerantes à lactose ou que seguem dietas veganas
A inovação chega à mesa dos brasileiros com a nova bebida fermentada de mandioca, desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Proveniente de um estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), o projeto conta com a colaboração das professoras Rosane Schwan e Disney Dias, e das estudantes Ana Luiza Freire e Cíntia Ramos.
O que é bom para quem tem intolerância à lactose?
A bebida surge como uma solução promissora para indivíduos que buscam alternativas sem lactose ou que aderem ao estilo de vida vegano.
Diferente de outras bebidas probióticas disponíveis no mercado, essa é fermentada a partir de mandioca e não contém álcool nem derivados do leite.
Segundo a professora Disney Dias, “os microrganismos presentes nos alimentos fermentados são capazes de aumentar a atividade antioxidante. Além de sintetizar vitaminas essenciais para nosso organismo.”
Para aqueles que são intolerantes à lactose ou buscam uma dieta plant-based, a bebida representa uma excelente alternativa para complementar suas necessidades nutricionais sem comprometer a qualidade e o sabor.
Como eles fizeram a bebida fermentada de mandioca?
O processo empregado na produção da nova bebida é similar ao utilizado na fabricação de iogurtes e kefirs. No entanto, o uso da mandioca como base é o que diferencia e traz novos benefícios.
O preparo envolve a fermentação da mandioca usando leveduras e microrganismos específicos que promovem a formação de ácidos orgânicos e compostos que enriquecem o sabor e aroma da bebida.
Esse processo não só preserva as propriedades benéficas da mandioca, mas também as amplifica.
Afinal, quais são os próximos passos para a bebida de mandioca chegar ao mercado?
Embora o protótipo da bebida tenha sido bem-sucedido em escala laboratorial, testes em maior escala ainda são necessários para garantir a consistência e segurança do produto em nível industrial.
“Precisamos realizar testes em volumes progressivamente maiores para observar o comportamento dos microrganismos e do produto final”, explica a pesquisadora Dias.
O processo começará com testes em 100 ml e, sucessivamente, aumentará para 1 litro, 5 litros e 50 litros. O feedback desses testes determinará ajustes no processo antes do lançamento no mercado.
A expectativa é que, uma vez que os testes terminem e a eficácia da bebida acabe sendo confirmada, ela se torne disponível para o consumidor interessado em alternativas fermentadas saudáveis.