Menino tem cor dos olhos alteradas após uso de medicamento
Saiba mais sobre esse antiviral e a necessidade de monitorar de perto os possíveis efeitos colaterais
Em um evento incomum, um bebê de apenas seis meses de idade teve uma alteração na cor dos seus olhos. O caso, reportado por médicos, é de uma mudança do tom castanho para um azul vibrante após o uso de um medicamento no tratamento contra Covid-19.
Menino tem cor dos olhos alterada após uso de medicamento contra Covid-19
O menino, que apresentou sintomas de tosse e febre, foi diagnosticado com o novo coronavírus após um teste de antígeno. A prescrição médica destinada ao pequeno paciente foi o favipiravir, um antiviral comumente usado em casos de gripe.
Esse fármaco vem sendo administrado em alguns países como Japão e Tailândia para tratar o Covid-19, mesmo que evidências acerca da sua eficácia para sintomas leves ainda não sejam robustas.
- Novo medicamento reduz forma genética do colesterol alto em até 86%
- Falta de zinco: aprenda a identificar os sintomas e saiba como tratar a tempo
- 3 chás com ingredientes acessíveis para reduzir o nível de açúcar no sangue
- Melhore a sua memória com essas ervas naturais e super eficazes
Peculiaridade observada após o início do tratamento
No espaço de 18 horas após a aplicação do tratamento, a mãe da criança notou que os olhos do filho passaram a exibir uma tonalidade azul estranhamente brilhante à luz do sol.
Esse efeito colateral raro não é inédito, tendo sido previamente relatado em um jovem de 20 anos. Em ambos os casos, a interrupção do tratamento resultou na volta da cor original dos olhos dos pacientes.
Os médicos responsáveis pelo caso da criança, divulgado na renomada revista científica Frontiers in Pediatrics, destacam que, embora raro, o evento adverso precisa ser considerado e monitorado em casos futuros.
A equipe sinaliza a necessidade de mais estudos para determinar a prevalência desses efeitos adversos e suas possíveis consequências de longo prazo na saúde da córnea.
Quais os possíveis efeitos adversos?
A equipe médica também mencionou que o antiviral favipiravir já causou fluorescência no cabelo e nas unhas de humanos anteriormente. As explicações possíveis para esse efeito remetem a uma reação adversa ao medicamento, aos seus metabólitos ou a componentes adicionais presentes na formulação, como o dióxido de titânio e o óxido férrico amarelo.
Foi registrado pelos autores que o metabólito ativo fosforilado do favipiravir é encontrado no plasma humano e que existe uma correlação linear entre a sua concentração e a intensidade da fluorescência. Já os efeitos colaterais mais recorrentes associados a esse tratamento se referem a diarreia leve e elevação de ácido úrico no sangue.
Alertas sobre o uso do favipiravir para a Covid-19
Considerando o insólito acontecimento com o bebê, a equipe médica expressa preocupação acerca do uso do favipiravir no tratamento do Covid-19. Assim, o episódio serve de alerta para a necessidade de monitoramento cuidadoso de possíveis efeitos adversos deste medicamento em todos os pacientes, especialmente nas crianças.