Menopausa: planta é capaz de amenizar efeitos do declínio de hormônios

Dados de pesquisa indicam óleo de lavanda pode provocar menos ondas de calor e suor noturno

Dados de pesquisa indicam óleo de lavanda, derivado da planta, pode provocar menos ondas de calor e suor noturno na menopausa – iStock/Getty Images
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Dados de pesquisa indicam óleo de lavanda, derivado da planta, pode provocar menos ondas de calor e suor noturno na menopausa – iStock/Getty Images

O óleo essencial de lavanda pode contribuir na melhora da qualidade de vida das mulheres no período da menopausa, aponta estudo evidências de estudo realizado no Brasil.

De acordo com o resultado obtido, durante a fase pós-menopausa, correspondente a 12 meses após o último ciclo menstrual, seis em cada 10 mulheres reclamam de insônia. O sintoma está associado a quadros de depressão, estresse e ansiedade.

Outro sintoma muito recorrente da menopausa está na queda da produção de hormônios, que pode levar a ondas de calor, suores noturnos e secura vaginal.

Ao investigar o assunto, uma pesquisa apresentada no Congresso Americano de Medicina do Sono, em Indiana (EUA), indicou que a aromaterapia pode aliviar os sintomas relacionados a distúrbios do sono.

Helena Hachul, médica do Instituto do Sono e autora do estudo, explicou que a estrutura química do óleo essencial de Lavandula angustifolia têm efeitos hipnóticos e ansiolíticos, além de reduzir a atividade das ondas beta, o que trata distúrbios de sono, ansiedade e estresse.“A inalação de óleo essencial de lavanda aumenta a atividade das ondas alfa associadas ao eletroencefalograma e ao relaxamento”, afirmou.

Como foi feito o estudo?

Para chegar ao resultados obtidos, a pesquisa analisou 32 mulheres no período pós-menopausa que se queixavam de insônia. Elas foram divididas em dois grupos, que por quatro semanas usaram óleo essencial antes de dormir:

Grupo 1 – 17 participantes inalaram óleo essencial de Lavandula angustifólia.
Grupo 2 – As outras 15 inalaram óleo de girassol.

Durante o estudo, todas elas aprenderam técnicas de higiene do sono para usar na rotina, incluindo:

definir um horário para dormir e acordar;
não consumir bebidas alcoólicas até seis horas antes de dormir;
dar preferência a alimentos leves no jantar;
limitar a prática de exercícios físicos até quatro horas antes de dormir;
por fim, ficar longe de celulares, televisão e notebooks uma hora antes de dormir.
As mulheres também foram orientadas a escrever um diário, onde registravam suas percepções sobre a qualidade do sono, os sintomas da menopausa e os motivos que as faziam acordar ao longo da noite – que precisavam ser enumerados por ordem de prioridade.

O que mostra o estudo?

Ao longo de quatro semanas, os pesquisadores notaram que a higiene do sono contribuiu para que as participantes dos dois grupos dormissem melhor. Contudo, as que inalaram o óleo essencial de lavanda disseram ter acordado melhor na primeira semana. Segundo os estudiosos, elas apresentaram menos ondas de calor e suor noturno.

As mulheres também relataram que tiveram menos episódios de depressão e ansiedade ao final da intervenção, sintomas apontados como causadores da má qualidade do sono.

“É preciso abordar a saúde de maneira integrada e tratar a paciente como um todo. Neste ponto, a inalação de óleo essencial de lavanda mostrou ser, ao longo do tempo, capaz de melhorar o sono e a qualidade de vida das pacientes”, destacou Helena por fim.