Minas Gerais investiga casos suspeitos de superfungo; conheça os sintomas da infecção

Patógeno mortal é resistente a medicamentos e representa maior risco para pacientes hospitalizados

Por Silvia Melo em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
03/10/2024 17:40 / Atualizado em 04/10/2024 22:23

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que está investigando e monitorando pessoas que tiveram contato com um paciente diagnosticado com superfungo.

O paciente, que estava internado no Hospital João XXIII, na Região Leste de Belo Horizonte, teve alta no último dia 26.

Em nota, a SES-MG comunicou que o hospital está cumprindo todos os protocolos de segurança sanitária em ambiente hospitalar e adotou as medidas de controle e manejo necessárias para proteger os demais pacientes e profissionais da unidade.

As ações implementadas incluem higienização das mãos, uso de luvas e aventais para evitar contato direto com os casos suspeitos, além da realização de testes.

Superfungo é resistente a antibióticos
Superfungo é resistente a antibióticos - AndreasReh/istock

O que é o superfungo?

O Candida auris é uma espécie de fungo que cresce como levedura e pode permanecer em superfícies inanimadas por longos períodos, podendo chegar a meses.

Algumas pesquisas já constataram que diversos desinfetantes, entre os quais, os que são à base de quartenário de amônio não são capazes de matar o fungo. É por essa e outras razões que os cientistas têm tratado o C. auris como o “patógeno quase perfeito”.

O vírus representa maior risco a pacientes hospitalizados com o sistema imunológico comprometido ou internados em unidades de terapia intensiva que fazem uso de cateteres vasculares e sondas.

A evidências de que a transmissão aconteça através do contato pessoa a pessoa e também por meio do contato prolongado com superfícies ou dispositivos médicos contaminadas pelo fungo.

Sintomas da infecção por superfungo

Os sintomas da infecção por Candida auris são difíceis de identificar, porque geralmente ocorrem em pessoas que já estão com outra doença ou em condição grave. Além disso, eles podem variar de acordo com a localização do fungo no corpo. O micro-organismo pode se desenvolver em vários lugares, incluindo uma ferida aberta, corrente sanguínea ou ouvido, por exemplo.

Entre os sintomas mais comuns estão a febre e calafrios, que não passam com antibióticos.