Ministério da Saúde libera dose de reforço para adolescentes

Jovens de 12 a 17 anos poderão tomar o reforço contra covid 4 meses após a 2ª dose

O Ministério da Saúde ampliou a recomendação da dose de reforço contra a covid-19 para adolescentes com idades entre 12 e 17 anos. A nota técnica da pasta foi publicada na noite desta sexta-feira, 27.

A dose de reforço deve ser aplicada quatro meses após a segunda dose, preferencialmente com a vacina da Pfizer, independentemente da dose aplicada anteriormente.

Ministério da Saúde liberou dose de reforço contra covid-10 para adolescentes
Créditos: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Ministério da Saúde liberou dose de reforço contra covid-10 para adolescentes

Segundo o ministério, se houver indisponibilidade da vacina, a Coronavac pode ser usada. A recomendação também vale para adolescentes gestantes e puérperas. No caso dos adolescentes imunocomprometidos, apenas a vacina da Pfizer deve ser utilizada.

De acordo com o Ministério da Saúde, a mudança na estratégia de vacinação se deve ao fato de que existe uma “tendência de redução da efetividade das vacinas” com o passar do tempo e que a circulação de novas variantes do Sars-Cov-2 (o vírus causador da covid-19) preocupam “em um cenário onde ainda não atingimos coberturas vacinais ótimas”.

O esquema de imunização para adolescentes de 12 a 17 anos ficou da seguinte forma:

  • Dose 1 (Pfizer) + Intervalo de 8 semanas + Dose 2 (Pfizer) + Dose de reforço (Pfizer ou Coronavac), 4 meses após a Dose 2
  • Dose 1 (CoronaVac) + Intervalo de 4 semanas + Dose 2 (CoronaVac) + Dose de reforço (Pfizer ou Coronavac), 4 meses após a Dose 2

Estudo sobre a dose de reforço

Em abril, a  Fiocruz Minas (Fundação Oswaldo Cruz) alertou para a importância da dose de reforço em todas as pessoas. Uma pesquisa conduzida pela fundação mostrou o reestabelecimento da proteção após a aplicação da segunda dose.

A vacinação torna as infecções mais leves, com menor potencial de transmissão, o que reduz a circulação do vírus
Créditos: Divulgação/Secretaria de Saúde
A vacinação torna as infecções mais leves, com menor potencial de transmissão, o que reduz a circulação do vírus

Após a aplicação dessa dose, o nível de anticorpos presentes no organismo cai. Com a dose de reforço, a proteção é restabelecida. As análises mostraram que a chamada taxa de soropositividade passou de 98%, após 30 e 60 dias da aplicação da vacina, para 69%, no período que compreendeu entre 91 e 180 dias após a vacinação.

Com a aplicação do reforço da Pfizer, esses índices foram restabelecidos, chegando a 100% de soropositividade 15 dias após a aplicação.

Com informações da Agência Brasil