Ministério disponibiliza em postos de saúde 13 tipos de vacinas
A partir de sábado, dia 16, até dia 22 de setembro, famílias com crianças e adolescentes podem colocar em dia a imunização dos filhos nos postos de saúde de todo o Brasil, onde estarão disponíveis gratuitamente treze tipos de vacinas para crianças e oito para adolescentes.
A ação faz parte da campanha Multivacinação do Ministério da Saúde, que vai enviar ao todo 143,9 milhões de doses de vacinas para 36 mil postos fixos de vacinação, que contarão com e 350 mil profissionais de saúde. Para tomar a vacina, basta comparecer ao posto de saúde mais próximo com a carteirinha de vacinação da criança.
A campanha, que começa com o “Dia D” de vacinação no próximo sábado deve ser complementada, depois, com um dia nacional de vacinação nas escolas, cuja a data ainda está em aberto.
- Mudança na vacina contra a poliomielite chama atenção; entenda
- Como a bronquiolite afeta a saúde e a morte de crianças de até 1 ano
- Fumar na gravidez pode piorar o desempenho educacional da criança
- Saiba como a higiene masculina pode evitar o câncer de pênis
De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a vacinação é um direito individual da criança e será ofertada pelo Estado, mas é se família não desejar que seu filho seja vacinado, deve se manifestar por escrito. “Por isso é importante a parceria com a escola. Na unidade de saúde, a família leva ou não a criança, e na escola, a vacina vai até a criança e a cobertura vai ser muito mais ampla”, explicou.
Queda na imunização
Com a campanha, o Ministério espera vacinar mais de 47 milhões de crianças e jovens de todo o Brasil. De acordo com informações da instituição, mais de 53% desse público, que inclui crianças menores de cinco anos, crianças de nove anos e adolescentes de dez a quinze anos, deveria estar com o calendário de vacinação completo. Quando há baixa cobertura vacinal, há também o risco de que algumas doenças voltem.
De acordo com uma análise dos números do Programa Nacional de Imunização divulgada pela BBC em 29 de agosto, a cobertura vacinal está em queda no Brasil. A vacina contra a pólio é um exemplo: em 2016, o país registrou a pior taxa de sua cobertura nos últimos 12 anos – 84%, contra a meta de 95% da OMS.
Para o médico Renato de Ávila Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), um dos principais fatores da queda do número de imunizações no Brasil é exatamente o sucesso das doenças – como muitas delas desapareceram ou se tornaram raras, as pessoas passam a acreditar que não precisam das vacinas. Os próprios médicos recém-formados, com frequência, nunca viram algumas dessas doenças, deixando de dar o mesmo vigor à sua recomendação.
Assim, surge o que o médico chama de “desaparecimento da percepção de risco”. “Mas o mundo não está livre: há muitos casos de sarampo na Europa, de pólio na África, e criar condições para que essas doenças reapareçam é muito ruim”, fala.
Leia mais: