Mistura de substâncias pode ter causado a morte de Paulinha Abelha
Painel toxicológico apontou a presença de drogas que causavam a redução de apetite, náuseas e vômitos
O programa “Domingo Espetacular”, da Record TV, teve acesso ao laudo da morte da cantora de forró Paulinha Abelha que faleceu no dia 23 de fevereiro, depois de ficar 12 dias internada. Segundo o documento, as causas da morte são ligadas a quatro doenças: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.
Já o painel toxicológico apontou para a presença de 16 substâncias no organismo da artista. Entre elas, anfetaminas e barbitúricos, que podem ter levado a complicações de sua saúde.
Um dos medicamentos, encontrados no corpo da artista, é um tarja preta usado no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH), mas que tem como efeitos adversos a redução de apetite, perda de peso, náuseas e vômito.
Esse fármaco fazia parte de uma lista de medicamentos receitados por sua nutróloga, que incluía ainda um antidepressivo, um redutor de apetite, calmantes naturais, estimulantes, cápsulas para memória e uma fórmula que promete reduzir medidas, manipulada com a erva asiática garcinia cambogia.
Um médico consultado pela reportagem da Record TV afirmou que essa erva já foi associada a graves danos ao fígado.
Perigo de fórmulas para emagrecimento
Apesar de ainda estar em investigação a influência que esses medicamento tiveram sobre o organismo da cantora, o caso chama atenção para o perigo de consumir fórmulas e drogas para emagrecimento.
Recentemente, esse debate foi levantado após uma mulher ter hepatite fulminante e morrer depois de ingerir um chá emagrecedor com 50 ervas.
Nas redes sociais, a médica cirurgiã do aparelho digestivo, do HC, Liliana Ducatti Lopes, fez um alerta sobre os riscos de tomar essas ervas.
“Esses casos são geralmente de pessoas que previamente não tem nenhum problema de saúde e desenvolvem uma falência aguda do fígado gravíssima e que precisa transplantar urgente porque se não transplantar evoluem a óbito em 24, 48 ou 72 horas. São casos dramáticos”, afirma a médica.