Modelos que mostram a loucura da vaidade

21/06/2017 15:06 / Atualizado em 14/09/2017 12:07

Sophia Wollersheim
Sophia Wollersheim

A modelo alemã Sophia Wollersheim tirou quatro costelas para ficar com a cintura final. Sophia Wollersheim. Abaixo, outro caso das loucuras da vaidade.

Martina Big, como é conhecida a modelo alemã, 28, ficou conhecida justamente por seus grandes (big, em inglês) seios, além da obsessão por bronzeamento. Agora se orgulha de ter virado negra.Gastou R$ 200 mil para ter a pele negra.

Em 2012 ela resolveu largar o trabalho de aeromoça e começou a fazer cirurgias plásticas para perseguir seu sonho de ter a imagem de uma ‘Barbie extravagante’ e se tornar uma modelo glamorosa com grande busto, conforme matéria da Lifestyle.

A mudança de Martina desde 2012 na busca de ter a imagem de uma ‘Barbie extravagante’
A mudança de Martina desde 2012 na busca de ter a imagem de uma ‘Barbie extravagante’

Ela implantou uma prótese nos seios que pode ser inflada usando uma espécie de seringa gigante para injetar uma solução salina, atualmente Big possui cerca de 3 litros em cada seio.

Ela também queria aumentar as nádegas para que ficassem tão grandes quanto os seios, colocando num implante inicial de quase um litro e meio em cada lado. Mas cirurgiões conseguiram dissuadi-la da ideia após realizar um teste onde ela colocou implantes reais por dentro das calças e, ao sentar, um das próteses automaticamente se rompeu, conforme matéria do Daily Mail.

Para chegar ao bronzeado que deseja ela recorre a injeções de melanina, além das câmaras de bronzeamento. “As pessoas podem pensar que minha imagem é extrema, mas eu adoro isso”, diz.


Martina também já realizou procedimentos para reduzir os quadris, pernas e cintura, rinoplastia para diminuir o nariz, injeções de colágeno nos lábios e implantes de facetas de porcelana nos dentes.

Sua inspiração vem da boneca Barbie, cujo visual ela é fascinada , além da modelo e celebridade britânica Katie Price e a americana Pamela Anderson. “Mas não quero ser uma imitação da Barbie, prefiro ser uma modificação mais extravagente dela”, diz Martina.

Big diz que acha que mesmo esses modelos de beleza não são curvilíneos o suficiente, além de dizer que quer fazer o bronzeamento cada vez mais, para ‘ver quais são os limites’.

O namorado dele, Michael, também aderiu às injeções de melanina e bronzeamento e, além de apoiar as transformações de Big, trabalha como seu agente, motorista e assistente.

Transtornos relacionados à imagem

Além dos muito comentados transtornos alimentares, como bulimia e e anorexia, há um problema relacionado à autoimagem que é dismorfia,  um desequilíbrio psiquiátrico em que o indivíduo vê um defeito imaginário no seu corpo

“Mais comum do que se imagina, a dismorfia é caracterizada por uma insatisfação com a imagem corporal. Por não corresponder aos padrões de beleza impostos muitas pessoas desenvolvem esse transtorno. Estar um pouco acima do peso, ter pernas mais grossas e contornos mais volumosos acabam gerando “complexos exagerados” induzindo a pessoa a seguir a “ditadura da beleza” sacrificando sua própria saúde”, diz a psicóloga Lourdes Brunini em matéria ao Minha Vida, parceiro do Catraca Livre.

Ainda segundo Lourdes, a pessoa com esse problema está constantemente insatisfeita com sua imagem corporal e sente-se insegura. Enquanto alguns se isolam, outros iniciam uma busca por uma imagem que consideram ideal.

“Apesar de ser um problema comum e sério, o transtorno dismórfico pode ser evitado, para isso é importante lembrar que um corpo “perfeito” é um corpo, acima de tudo, saudável”, diz Brunini.

Pessoas do nosso convívio podem ajudar a identificar o problema desde o início, evitando seu agravamento.

“Ao perceber que a pessoa está apática, melancólica e comentando muito sobre a insatisfação com suas características físicas, os familiares e amigos devem imediatamente começar a desviar esse tipo de comentário, e o ideal que é apontar os aspectos positivos dessa pessoa, como a capacidade intelectual, habilidades, o afeto, e seus atrativos físicos que realmente existem. O importante é mostrar que somos um todo e não apenas uma forma física que só atrai se for perfeita”, diz a psicóloga.