Morte de homem após câncer ser confundido com apendicite gera alerta

A trágica história de Joshua Warner, que morreu de câncer após erro no diagnóstico; médicos chegaram a remover apendicite

Britânico morreu após médicos confundirem câncer com apendicite
Créditos: Reprodução/The Mirror
Britânico morreu após médicos confundirem câncer com apendicite

O britânico Joshua Warner, de 25 anos, morreu no último dia 17 de setembro, vítima de um câncer de cérebro. Infelizmente, seu diagnóstico foi tardio, pois os sintomas iniciais da doença foram confundidos com apendicite. A história do rapaz, que era pai de um menino de 4 anos, chama atenção para os perigos do diagnóstico médico equivocado.

Eve Pateman, na esperança de alertar outras pessoas sobre a gravidade da situação e para ajudar a financiar parte do tratamento do filho, divulgou a história em uma campanha de arrecadação.

“Meu sonho é que ninguém mais tenha seu diagnóstico desacreditado”, disse Eve em sua mensagem.

Os primeiros sintomas

Os primeiros sinais de que algo estava errado com Joshua foram fortes dores de cabeça no final do mês de junho.

Embora o incômodo persistisse, Joshua esperou duas semanas para buscar atendimento médico. Ao fazer a tomografia, os médicos identificaram apendicite, apesar de o jovem não apresentar dores abdominais.

Foi então que Joshua teve seu apêndice removido e, apenas um dia depois da cirurgia, precisou ser internado novamente. Foi feita mais uma tomografia, que dessa vez apresentou massas desconhecidas em seu cérebro.

No entanto, a equipe médica considerou que era um problema de leitura da máquina e não investigou a fundo.

Eve acredita que os profissionais de saúde falharam no atendimento ao filho, presumindo que ele era um usuário de drogas devido ao consumo elevado de opioides que ele fazia para suportar a dor de cabeça.

Quando Joshua desmaiou e bateu a cabeça em casa, ele foi levado às pressas ao hospital. Só assim a equipe médica começou a suspeitar da possibilidade de um tumor. O diagnóstico definitivo chegou dois dias depois.

O diagnóstico letal

O câncer já havia tomado um quarto do cérebro de Joshua. A biópsia revelou que era um glioma difuso de linha média, um tipo de câncer cerebral de grau 4 – o mais alto em termos de malignidade.

Tal tumor costuma ser letal, contaminando partes do cérebro que controlam funções vitais. Em geral, a sobrevida de pacientes com este tumor é de 2 anos.

Os principais sintomas incluem convulsões de início repentino, perda de movimentos, comprometimento neurocognitivo e dor de cabeça intensa, acompanhada de náuseas e vômitos.

A história de Joshua Warner alerta para a necessidade de atenção e minúcia nos processos de diagnóstico. É primordial não ignorar os sintomas e procurar uma segunda opinião médica.