1.700 morrem em onda de calor na Europa, diz OMS
Em Portugal, as temperaturas chegaram a atingir os 45ºC na cidade de Leiria
Uma onda de calor extrema que trouxe temperaturas recordes para partes da Europa causou mais de 1.700 mortes somente na Península Ibérica, informou o escritório europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Este ano, já testemunhamos mais de 1.700 mortes evitáveis na atual onda de calor apenas na Espanha e em Portugal”, disse o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, em comunicado.
A situação aponta novamente para a “necessidade desesperada de uma ação pan-europeia para combater efetivamente as mudanças climáticas – a crise abrangente do nosso tempo que ameaça tanto a saúde individual quanto a própria existência da humanidade”, completou.
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A agência de saúde da ONU acredita que o número de óbitos por calor aumentará ainda mais nos próximos dias e destacou que a exposição ao calor extremo “com frequência agrava as condições de saúde preexistentes” e que “as pessoas em qualquer extremo da vida – bebês, crianças e idosos – estão em risco”.
Na Espanha, a onda de calor deve terminar na segunda-feira, mas as temperaturas permanecem acima de 40ºC em grande parte do país.
Em Portugal, as temperaturas atingiram os 45ºC no dia 13 de julho na cidade de Leiria.
A OMS disse que os incêndios florestais nos dois países e partes da Europa só pioraram a situação.
” A mudança climática não é nova. Suas consequências, no entanto, estão aumentando temporada após temporada, ano após ano, com resultados desastrosos”, disse Kluge.
O chefe regional da agência de saúde da ONU destacou que os governos precisam demonstrar vontade e liderança na implementação do Acordo de Paris. Este pacto estabeleceu o objetivo de limitar o aquecimento global a 2°C acima dos níveis pré-industriais.