Mortes por sarampo chegam a 200 mil e casos batem recorde

A doença é altamente contagiosa e pode ser evitada por meio da vacina, que está disponível gratuitamente para a população

Mesmo com uma vacina disponível, as mortes por sarampo chegaram a 207.500 em 2019, o que representou um aumento de quase 50% em relação a 2016. O número de casos notificados também preocupa porque atingiu o maior patamar em 23 anos. Os dados são de um relatório feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em conjunto com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

No Brasil, foram registrados 18.203 casos de sarampo no ano passado, com 15 mortes causadas pela doença.

São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina, Minas Gerais e Pará somaram a maior parte dos casos.

sarampo
Créditos: Tomaz Silva/Agência Brasil

O Brasil, mesmo durante a pandemia, realizou campanha de vacinação contra o sarampo, porém, até setembro de 2020, metade das crianças brasileiras não havia recebido todas as vacinas que deveria neste ano, segundo índices do Programa Nacional de Imunização.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2020 foram confirmados 7.718 casos de sarampo no Brasil, com cinco óbitos pela doença.

Vacina é prevenção

O sarampo é facilmente passado de um indivíduo para outro através de secreções, carregadas pelo ar. Portanto, basta um espirro ou um beijo para que ele seja propagado.

A doença altamente contagiosa é evitável por meio de duas doses de vacina.  Hoje, tanto a tríplice viral quanto a tetravalente (contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora) estão disponíveis na rede pública e privada. Para se proteger, basta ir ao posto de saúde mais próximo e solicitar a vacina. Adultos e crianças podem se vacinar gratuitamente.

Em São Paulo, a Campanha Nacional de Vacinação Contra o Sarampo foi estendida até o dia 30 de novembro. Ela é voltada para 0 público de 6 meses a 49 anos de idade.

Vacina Tríplice Viral

O esquema vacinal contra o sarampo para crianças é de uma dose aos 12 meses (Tríplice Viral) e outra (a Tetra Viral) aos 15 meses de idade.

Para adolescentes e adultos até 49 anos:

Até os 29 anos – duas doses, podendo ser da Tríplice ou Tetra Viral

Dos 30 aos 49 anos – dose única, podendo ser da Tríplice ou Tetra Viral

Quem já tomou duas doses durante a vida, da Tríplice ou da Tetra, não precisa mais receber a vacina.