Mulher que morreu após exame com contraste teve parada cardíaca

Jovem se preparava para uma ressonância magnética e precisou ser retirada às pressas da máquina em que estava

O relatório médico emitido pela clínica de Goiânia onde a psicóloga Bruna Nunes de Faria morreu após fazer exame com contraste apontou que ela sofreu uma parada cardíaca.

Bruna passou mal logo após receber 10ml de contraste na corrente sanguínea. Ela se preparava para uma ressonância magnética e precisou ser retirada imediatamente da máquina e levada para uma sala de recuperação.

Bruna sofreu parada cardíaca após receber a solução de contraste
Créditos: reprodução/Instagram/_bruufaria
Bruna sofreu parada cardíaca após receber a solução de contraste

Ainda de acordo com o documento, a jovem de 27 anos apresentou uma “piora clínica súbita” e cianose, que é quando o sangue que chega nas artérias tem pouco ou nenhum oxigênio.

A equipe que atendeu a psicóloga ainda tentou tentou fazer a reanimação, mas sem sucesso. Ela começou a se sentir mal às 9h30 e morreu 40 minutos depois, às 10h09.

“Paciente evoluiu logo em seguida com PCR (parada cardiorrespiratória) em assistolia. Realizado IOT (intubação orotraqueal) mais manobra de RCP (ressuscitação cardiopulmonar), sendo realizado 3 ciclos com administração de 2 ampolas de adrenalina”, diz o relatório.

Contraste é uma substância usada em exames de ressonância, tomografia e radiografia
Créditos: Mart Production/Pexels
Contraste é uma substância usada em exames de ressonância, tomografia e radiografia

Há cerca de 50 dias,  Bruna teve dois AVCs (Acidente Vascular Cerebral). Por isso, ela havia iniciado uma série de exames para descobrir a causa. A ressonância magnética do coração, em que ela passou mal, era o último exame que faltava fazer.

A suspeita é que ela tenha tido um choque anafilático, uma reação alérgica grave, durante o procedimento.

A mãe da jovem que a acompanhava contou que, pouco antes da filha morrer, a viu a ficar roxa e ela reclamou de falta de ar.

A causa da morte ainda será identificada por autópsia feita no Instituto Médico Legal (IML).