Mulher sofre AVC após lesão durante postura de Yoga
Rebecca agora sente dores de cabeça diárias e sofre com perda de memória e dificuldades para falar
A norte-americana Rebecca Leigh, de 40 anos, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) ao romper um importante vaso sanguíneo no pescoço durante a prática de Yoga. No momento da lesão, ela gravava um tutorial para compartilhar nas redes sociais.
Ela conta que sentiu a sua visão embaçada, seus membros, fracos e dores de cabeça logo após sair da posição. Nos dias que se seguiram, ela notou que seu olho estava caído e suas pupilas tinham tamanhos diferentes, então, foi levada às pressas para o hospital.
Um exame de angiografia por tomografia computadorizada, que foca especificamente nos vasos sanguíneos, revelou que Rebecca havia rompido sua artéria carótida direita, que enviava um coágulo para o cérebro e causava o derrame. Ela disse que o trauma também fez com que um pequeno aneurisma se desenvolvesse.
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A postura que resultou na lesão é conhecida como handstand hollouback, uma posição de Yoga similar a da foto abaixo, que exige experiência ao ser executada.
Após o AVC, Rebecca não consegue falar por mais do que alguns minutos devido a danos nos nervos, tem dores de cabeça diárias e tem perda de memória severa.
A blogueira passou cinco dias na unidade de terapia intensiva neurológica, enquanto os médicos lutavam para entender por que uma pessoa ativa, saudável e não fumante, de 40 anos, poderia ter sofrido um derrame.
“Depois de décadas focando em exercícios físicos, minha dieta e tomando o máximo possível de decisões saudáveis para o meu corpo, ter um derrame fazendo yoga simplesmente não parece justo”, lamentou Rebecca.
Yoga e os potenciais perigos
O caso da americana ressuscita um assunto polêmico: as perigosas poses da Yoga. Autor do livro The science of Yoga (A ciência da Yoga – em tradução livre), o jornalista americano William Broad afirma que é mito a crença de que a prática milenar indiana é uma atividade segura.
Para embasar essa afirmação, Broad cita inúmeras lesões relatadas por instrutores ou documentadas por médicos em estudos. São relatos de dores musculares, problemas na coluna, rompimentos de tendões e até lesões cerebrais. Segundo ele, as evidências científicas sugerem que a prática pode ser mais perigosa que outros esportes porque as lesões são mais extremas.
Apesar dos possíveis riscos, Broad e os médicos concordam que os benefícios da prática são grandes, desde que o praticante tenha sempre acompanhamento profissional e respeite os limites do próprio corpo.