Nem todo mundo sabe, mas esses sintomas também são de dengue

Número de casos da doença no país em 2024 é quatro vezes maior do que mesmo período de 2023

05/02/2024 18:17 / Atualizado em 26/04/2024 14:26

Embora os sintomas clássicos da dengue incluam febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, erupção cutânea e fadiga, a doença pode se manifestar de maneira variada.

Outras pessoas sequer apresentam sintomas da infecção.

Número de casos de dengue em 2024 é quatro vezes maior do que mesmo período de 2023
Número de casos de dengue em 2024 é quatro vezes maior do que mesmo período de 2023 - iStock/flubydust

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações.

São muito comuns a prostração e a fraqueza. Algumas pessoas podem ainda apresentar coceira na pele.

Perda de peso, náuseas e vômitos  também são comuns. Em alguns casos também aparecem manchas vermelhas na pele.

Em casos mais graves, outros sintomas podem se apresentar como dor abdominal e manifestações neurológicas.

Conheça alguns sintomas incomuns de dengue

  • Dor abdominal intensa que, muitas vezes, pode ser confundida com uma apendicite.
  • Vômitos persistentes: além da náusea, a dengue pode causar vômitos persistentes, contribuindo para a desidratação.
  • Sangramento nas gengivas ou nariz: a dengue grave pode levar a distúrbios de coagulação, resultando em sangramento nas gengivas ou nariz.
  • Dor nos olhos, sensibilidade à luz ou visão embaçada também podem ocorrer.
  • Problemas gastrointestinais, como diarreia, podem ocorrer, especialmente em casos mais graves.
  • Dor de garganta e inflamação das amígdalas.
  • Problemas respiratórios, como dificuldade em respirar, pode ocorrer em casos graves.
  • Manifestações neurológicas: alguns casos raros podem apresentar manifestações neurológicas, como convulsões ou confusão.

É importante notar que esses sintomas menos comuns podem ser indicativos de casos mais graves de dengue, como a dengue hemorrágica.

De acordo com o Ministério da Saúde, a dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles podem progredir para formas graves, inclusive virem a óbito.

Por isso, se alguém suspeitar de dengue ou tiver sintomas incomuns, é importante procurar atendimento médico imediatamente para avaliação e tratamento.

A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.

Como ocorre a transmissão de dengue?

A dengue é uma doença viral transmitida principalmente pela picada de mosquitos infectados do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti o vetor mais comum.

O mosquito se torna infectado ao picar uma pessoa que já carrega o vírus da dengue. Após a ingestão do sangue infectado, o vírus se multiplica nas glândulas salivares do mosquito durante um período de incubação, que dura aproximadamente 8 a 12 dias.

O mosquito infectado agora é capaz de transmitir o vírus a outras pessoas ao picá-las.

A transmissão por via vertical (de mãe para filho durante a gestação) e por transfusão de sangue é rara.

Como prevenir a dengue?

Em dezembro de 2023, a vacina contra dengue foi incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS). A inclusão da vacina da dengue é uma importante ferramenta no SUS para que a dengue seja classificada como mais uma doença imunoprevenível.

A campanha de vacinação, no entanto, ainda não se iniciou. A previsão é que a aplicação das primeiras doses ocorram ainda neste mês.

O governo federal anunciou que imunizará pelo SUS cerca de 3,2 milhões de pessoas contra a doença até o fim de 2024, o equivalente a apenas 1,5% da população do país.

Outras formas de prevenção e dengue:

  • Usar repelentes.
  • Usar roupas protetoras ao passar tempo ao ar livre.
  • Instalar telas de proteção em janelas.
  • Eliminar criadouros de mosquitos em água parada de recipientes ao redor da casa, como vasos de plantas, pneus velhos, garrafas vazias e calhas.
  • Manter as áreas ao ar livre livres de lixo, folhas acumuladas e outros detritos, pois esses locais podem servir como esconderijo para mosquitos.