Neurocirurgião alerta que insônia aumenta em até cinco vezes o risco de AVC
Campanha de conscientização destaca a relação da insônia e do acidente vascular cerebral

No Dia Mundial do Sono, celebrado em 14 de março, uma nova pesquisa publicada na revista Neurology revela que distúrbios do sono, como ronco, insônia e apneia do sono, podem aumentar significativamente o risco de acidente vascular cerebral (AVC).
Com base no estudo, pessoas que apresentam mais de cinco problemas relacionados ao sono têm até cinco vezes mais chances de sofrer um derrame em comparação com outros indivíduos que tem uma boa qualidade no sono.
O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola destaca por que a insônia e a manifestação de doenças neurológicas estão associadas. “O sono é um dos principais reguladores da pressão arterial e do metabolismo, quando há essa baixa qualidade no sono, o corpo perde a capacidade natural de equilibrar esses fatores, o que aumenta o risco de AVC”, explica.
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Como a falta de sono afeta a saúde cerebral?
O estudo analisou dados de mais de 4.500 pessoas e apontou que tanto a falta quanto o excesso de sono podem impactar negativamente a saúde cerebral.
Os participantes que dormiam menos de cinco horas por noite tinham três vezes mais chances de sofrer um AVC, enquanto aqueles que dormiam mais de nove horas apresentavam um risco duas vezes maior. Além disso, condições como apneia do sono podem triplicar as chances de um derrame, pois impactam diretamente os fatores de coagulação do sangue e a oxigenação do cérebro.
Para o neurocirurgião, a prevenção deve seguir algumas recomendações. “Manter uma rotina de sono regular, evitar consumo excessivo de cafeína e álcool antes de dormir e buscar tratamento para distúrbios do sono é o principal para a saúde neurológica”, orienta o especialista.
Para reduzir o impacto do sono inadequado, recomenda-se a prática de uma boa higiene do sono, incluindo horários regulares para dormir e acordar, além de um ambiente tranquilo para o descanso. “Se a pessoa ronca muito, sente sonolência excessiva durante o dia ou tem dificuldade crônica para dormir, é fundamental buscar um especialista. O sono não tratado pode ser um fator silencioso para doenças graves, como o AVC”, ressalta.
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