Novo medicamento reduz forma genética do colesterol alto em até 86%
Os resultados puderam ser observados após 12 semanas de uso, cerca de três meses de tratamento
O Muvalaplin é um medicamento inovador em fase de desenvolvimento que se mostrou promissor na redução dos níveis de uma forma genética de colesterol conhecido por aumentar significativamente o risco de doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames.
Em estudos clínicos iniciais, o Muvalaplin reduziu os níveis da lipoproteína(a), ou Lp(a), que nada mais é que o colesterol considerado ruim, o LDL, somado a uma proteína chamada “a”.
Essa redução foi de até 86% em pacientes, superando as limitações de tratamentos anteriores, que geralmente envolvem injeções complexas ou não são eficazes para esse tipo específico de colesterol.
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Os resultados puderam ser observados após 12 semanas de uso, cerca de três meses de tratamento e foram publicados na revista científica JAMA Network.
O remédio é um inibidor da lipoproteína(a), ou Lp(a), que nada mais é que o colesterol considerado ruim, o LDL, somado a uma proteína chamada “a”. O acúmulo dessa molécula no sangue é um fator de risco para doenças cardíacas por elevar a chance de problemas como a aterosclerose, quando são formadas placas que obstruem o fluxo sanguíneo nas artérias.
Como a medicação funciona?
Este medicamento, administrado por via oral, representa uma solução mais acessível e prática para pacientes.
Ele atua inibindo a formação da Lp(a) no organismo, tornando-o um avanço significativo no controle de um fator de risco até então de difícil manejo, especialmente porque dietas e mudanças no estilo de vida têm pouco impacto nos níveis desse tipo de colesterol.
O medicamento foi testado em três doses (10 mg, 60 mg e 240 mg) entre 233 voluntários de 43 centros de pesquisa em diversos países, incluindo no Brasil. Os participantes foram acompanhados entre dezembro de 2022 e novembro de 2023.
Após três meses de tratamento, a dosagem mais baixa levou a uma redução de 47,6% dos níveis de Lp(a).
Já a de 60 mg reduziu em 81,7%, e a dose mais alta, resultou em uma redução de 85,8%.
Além da eficácia, o remédio foi considerado seguro. Os efeitos adversos dos participantes que receberam o medicamento foram semelhantes aos apresentados pelo grupo do placebo.