Novo tipo sanguíneo recém-descoberto pode salvar vidas
O antígeno Er já havia sido identificado há mais de 40 anos, mas ainda não fazia parte de nenhum grupo sanguíneo específico
Cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, descobriram um novo tipo sanguíneo que é era um mistério há 40 anos. Chamada de Er, a tipagem pode ajudar a entender problemas complexos, como a incompatibilidade em transfusões de sangue.
Apesar de estarmos mais familiarizados com os sistemas de grupos sanguíneos ABO e AB (positivos e negativos), na verdade, existem muitos sistemas de grupos sanguíneos diferentes baseados em uma ampla variedade de antígenos de superfície celular e suas variantes.
A equipe estava investigando essa coleção bastante comum de antígenos de glóbulos vermelhos chamada Er. Apesar de terem sido descobertos há quase 40 anos, esses antígenos não se encaixavam em nenhum sistema de grupo sanguíneo conhecido.
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Depois de uma análise em 13 pacientes onde o sangue foi detectado, os pesquisadores observaram ainda cinco variações nos antígenos do Er: as variantes são o Er a, Er b, Er3 e duas novas Er4 e Er5.
O estudo publicado na revista científica Blood descobriu que, entre essas cinco variantes há algo em comum: a proteína Piezo1, encontrada na superfície dos glóbulos vermelhos e já conhecida da ciência atual.

A importância da descoberta
A incompatibilidade sanguínea, seja em uma transfusão ou de feto para mãe, ocorre quando uma célula sanguínea aparece com um antígeno que nosso corpo não classifica como nosso. Isso faz com que as células imunes ataquem as células incompatíveis.
Por isso, ter o conhecimento deste novo grupo sanguíneo pode ajudar a evitar incompatibilidades em casos de transfusões, por exemplo.