As bebidas responsáveis por 1 em cada 10 novos casos de diabetes
O mesmo estudo aponta que 1 em cada 30 novos casos de doenças cardiovasculares está ligado a essas bebidas
Um estudo publicado na revista Nature revelou o impacto do consumo de bebidas adoçadas, como refrigerantes e sucos industrializados, na saúde global.
Segundo o estudo, essas bebidas estão associadas a milhares de novos casos de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Descobertas do estudo
De acordo com o estudo, cerca de 1 em cada 10 novos casos de diabetes tipo 2 registrados em 2020 foi atribuído ao consumo de bebidas açucaradas, totalizando 2,2 milhões de novos casos.
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O estudo estimou ainda que, no mesmo ano, 1,2 milhão de novos casos de doenças cardiovasculares em todo o mundo estavam relacionados ao mesmo hábito.
Além disso, 80.278 mortes por diabetes tipo 2 (5,1% do total global) e 257.962 mortes por doenças cardiovasculares (2,1% do total) foram associadas a essas bebidas. Esses dados ressaltam a influência significativa do açúcar adicionado na carga global de doenças crônicas.
A pesquisa apontou que a América Latina e o Caribe tiveram as maiores taxas de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares ligadas ao consumo, com 24,4% e 11,3% dos diagnósticos totais, respectivamente.
Esses dados foram obtidos a partir de estimativas modeladas em 184 países, utilizando o Global Dietary Database, que reúne informações sobre o consumo de bebidas adoçadas.
Como o consumo excessivo prejudica a saúde?
O estudo destaca que o alto teor de açúcar dessas bebidas aumenta os níveis de glicose no sangue, contribuindo para a resistência à insulina, característica do diabetes tipo 2.
O consumo frequente também favorece o acúmulo de gordura visceral, um fator de risco para doenças cardiovasculares.
Embora os refrigerantes sejam comumente associados a esses riscos, outras bebidas adoçadas, como chás gelados e sucos industrializados, também estão entre os responsáveis pelo impacto negativo na saúde.
Qual é a recomendação do estudo para reduzir o consumo?
Os autores enfatizam a necessidade de políticas públicas mais rígidas. O estudo sugere tributar as bebidas adoçadas pelo teor de açúcar, aumentando o preço em pelo menos 20%. Medidas como restrições em escolas e hospitais e advertências nas embalagens, como é feito com o cigarro, também são recomendadas para diminuir o consumo global.
No Brasil, a proposta de incluir bebidas adoçadas no Imposto Seletivo, conhecido como “imposto do pecado”, representa um esforço para desestimular o consumo desses produtos. O Congresso Nacional enviou o projeto para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Trocar bebidas adoçadas por opções, como água, chás sem açúcar e sucos naturais, é uma forma simples e eficaz de reduzir os riscos associados ao alto consumo de açúcar.