O dia em que a maconha medicinal mudou a vida de uma cidade

Antigos moradores de uma pacata cidade do RN recorriam à maconha para o tratamento de dor de dente, de cabeça, febre e outras finalidades

Por: Redação

Volta e meia, a pequena e pacata Cruzeta, no interior do Rio Grande do Norte, se torna assunto nas redes sociais por conta de um irreverente episódio que, há sete anos, virou notícia em todo o país.

Foi em fevereiro de 2011, quando a rotina da tranquila cidade de não mais que oito mil habitantes, e criminalidade zero, mudou da noite para o dia. Isso porque, certa vez, o delegado notou a presença de algumas plantinhas no jardim da praça central que chamavam atenção pela semelhança com a famigerada MA-CO-NHA.

Um teste confirmou a procedência da espécie que, além da praça, também foi encontrada na casa de alguns antigos moradores do município, que, ingenuamente, cultivavam a Cannabis sativa.

Seu Matias, o simpático vovozinho que fazia chá de maconha para rejuvenescer

A exemplo das relaxantes mudinhas encontradas no quintal de Dona Marta, que há cinco anos ostentava uma pequena horta canábica para diversos fins medicinais como dor de dente, ouvido, febre, dor de cabeça e até mesmo soluço.

Na reportagem, a entrevistada ressalta os benefícios da planta conhecida por ela, até então, como “niamba”: “se você tiver com soluço e cheirar ela, na mesma hora o soluço desaparece”.

Caso semelhante ocorreu com o simpático “Seu Matias”, que não economizou elogios ao defender as propriedades da polêmica planta. Todos os dias, ele preparava generosas doses de chá de “niamba” em busca de “renovação”.

Maconha para fins medicinais: questão de saúde pública? 

Após a descoberta de ao menos seis plantações na região, a polícia recolheu as folhagens e abriu investigação sobre o caso, considerando a condenação dos envolvidos. O que muito possivelmente não aconteceu.

Passados alguns anos, o caso foi relembrado pela página Quebrando o Tabu, servindo como ponto de reflexão sobre o uso da maconha medicinal e seus benefícios – cientificamente comprovados para fins medicinais e terapêuticos e hoje adotados por países como Estados Unidos, Israel, Uruguai, México e Peru – além de alguns casos no Brasil, amparados por brechas jurídicas.

Assista à reportagem que propõe uma inusitada reflexão sobre o tema: