O fator de risco oculto que faz as mulheres serem seis vezes mais propensas ao câncer de mama
Este aspecto é descoberto apenas quando a mulher faz exame de mamografia
É um fator de risco “oculto” que pode aumentar em quatro vezes as chances de uma mulher desenvolver câncer de mama. Não pode ser visto ou sentido. É o caso das mamas densas.
O que são mamas densas?
A densidade da mama refere-se à proporção entre gordura e tecido glandular e conjuntivo – quanto menos gordura, mais densa é a mama. Quanto mais densa a mama, maior o risco de câncer.
É comum que muitas mulheres descubram que possuem mamas densas após fazer uma mamografia. No exame, é possível observar claramente a distinção entre gordura, que aparece mais escura, e o tecido fibroglandular, que aparece mais branco.
Este tecido glandular contém uma concentração maior de células mamárias do que outros tecidos, o que significa que há mais células que podem se tornar cancerosas.
O risco de câncer de mama nesse tipo de seio pode ser até 4 vezes maior, em comparação com mulheres com mamas com predominância de gordura, de acordo com uma pesquisa publicada no periódico científico internacional JAMA Network.
Em comparação, ter um membro da família que teve câncer de mama está associado a apenas o dobro do risco da doença.
Dificuldade no diagnóstico
Além de aumentar o risco, o tecido mamário denso também pode dificultar a leitura de um exame de mamografia, pois quaisquer nódulos ou áreas de tecido anormal são mais difíceis de ver.
Por esse motivo, mulheres com mamas densas apresentam falhas na mamografia com maior frequência. Elas podem ter nódulos mamários palpáveis, mas o laudo de mamografia não apontar nada.
Por isso, mulheres com mamas densas podem ser chamadas de volta para exames de acompanhamento com mais frequência do que mulheres com mamas gordurosas.
Outros fatores de risco para o câncer de mama
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.
Os fatores comportamentais e ambientais incluem o consumo de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade, inatividade física e exposição à radiação ionizante.
Embora limitadas, há evidências de que fumar também tenha efeito carcinogênico para o câncer de mama, de acordo com o IARC/OMS, Agência Internacional de Pesquisa em Câncer de Organização Mundial da Saúde.
Também se sabe que mulheres a partir dos 50 anos de idade têm maior risco de desenvolver a doença.