O pão é mesmo um vilão ou apenas mal compreendido? Veja o que dizem os especialistas
Afinal, o pão engorda? Faz mal? Deveria ser cortado da dieta?

Presente no café da manhã e no lanche da tarde, o pão é um dos alimentos mais queridos pelos brasileiros. Seja na clássica versão francesa (que, curiosamente, tem mais de brasileira do que de francesa) ou nas variações doces e artesanais, é quase impossível resistir. Mas, em meio à sua popularidade, surgem debates: será ele um aliado ou inimigo da saúde?
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), os brasileiros consomem cerca de 2,3 milhões de toneladas de pão por ano. Com números tão expressivos, não é surpresa que o alimento seja alvo de questionamentos, especialmente entre aqueles que buscam emagrecer. Afinal, o pão engorda? Faz mal? Deveria ser cortado da dieta?
Para esclarecer essas dúvidas, a Dra. Sylvia Ramuth, diretora técnica do Emagrecentro, referência em emagrecimento e estética corporal, desmistifica o assunto.
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O pão é o culpado pelo ganho de peso?
Quantas vezes você já ouviu que “pão engorda”? Essa crença é comum, mas a especialista explica que o contexto é mais complexo do que parece.
“O pão, por si só, não é o grande vilão do ganho de peso. O problema surge quando há um consumo excessivo de calorias sem um gasto energético equivalente. Pães brancos, em especial, são ricos em carboidratos refinados e açúcar, além de possuírem poucas fibras e nutrientes. Por isso, quando consumidos em excesso, podem dificultar o emagrecimento”, explica Ramuth.
E quanto ao inchaço? Segundo a especialista, é um equívoco culpar o pão diretamente por essa sensação. “Pessoas sensíveis ao glúten podem sentir desconforto após o consumo, mas para a maioria das pessoas, ele pode ser incluído na alimentação sem grandes problemas. Para quem tem intolerância ou deseja evitar o glúten, há versões sem essa proteína que podem ser boas alternativas.”
Valor nutricional
Sim! E nem todo pão é igual. “Os pães integrais, feitos com grãos inteiros, são opções mais nutritivas, pois contêm mais fibras, vitaminas e minerais. Além disso, versões artesanais e com menos aditivos químicos são alternativas interessantes para quem busca qualidade na alimentação”, recomenda a especialista.
Pode comer pão à noite?
A resposta depende dos objetivos individuais. “Não há uma regra absoluta. Quem deseja manter o peso pode consumir pães integrais e combiná-los com proteínas e fibras para equilibrar a refeição. Já quem busca reduzir a glicemia ou controlar o peso pode considerar diminuir os carboidratos no jantar. O mais importante é o equilíbrio na alimentação ao longo do dia”, ressalta Sylvia.
Dá para emagrecer comendo pão?
Para quem não abre mão de um bom pãozinho, a palavra-chave é moderação. Aliado a escolhas inteligentes, ele pode fazer parte de uma alimentação equilibrada.
“Combinar o pão com proteínas e vegetais é uma ótima estratégia. Peito de peru, frango grelhado, folhas verdes, tomate e cenoura são excelentes complementos para um sanduíche saudável. Outra sugestão é consumir pão com ovo, que é uma fonte de proteína importante e auxilia na saciedade”, finaliza a especialista.
Em resumo: o pão não precisa ser excluído da dieta – basta escolher as melhores versões e combiná-lo com ingredientes que favorecem uma alimentação equilibrada. Afinal, o prazer de saborear um pão quentinho não precisa ser sinônimo de culpa!
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