O que diz a Anvisa sobre a vacina da AstraZeneca em grávidas
Agência diz que aplicação da vacina em questão só deve ser feita com recomendação médica
Nesta terça-feira, 11, pelo menos 14 estados resolveram acatar uma orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que recomendou a suspensão imediata do uso da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca/Fiocruz em gestantes. A orientação está em Nota Técnica emitida pela Agência.
A medida preventiva, segundo a Anvisa, visa seguir a indicação da bula da vacina da AstraZeneca, que não prevê a aplicação em grávidas.
“O uso off label de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina por gestantes sem orientação médica”, diz a nota do órgão regulador.
Com isso, capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Aracaju, Goiânia, Salvador e Porto Alegre anunciaram a suspensão da aplicação da vacina Oxford/Astrazeneca em gestantes.
Alguns dessas capitais, no entanto, substituíram a aplicação do imunizante pelo da Pfizer para continuar com a campanha de vacinação destinada às mulheres grávidas. Foi o caso de Aracaju, Goiânia e Porto Alegre.
Investigação de eventos adversos
Ao mesmo tempo em que a Anvisa faz essa orientação, o Ministério da Saúde informa que apura o caso de uma mulher grávida que morreu no Rio de Janeiro depois de receber a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca.
A Pasta ponderou, no entanto, que “reavalia a imunização no grupo de gestantes sem comorbidades”.
“Cabe ressaltar que a ocorrência de eventos adversos é extremamente rara e inferior ao risco apresentado pela Covid-19. Neste momento, a pasta recomenda a manutenção da vacinação de gestantes, mas reavalia a imunização no grupo de gestantes sem comorbidades”, disse no comunicado.