O que é bexiga hiperativa e quais os principais sintomas?
A bexiga hiperativa e a incontinência urinária são problemas comuns que afetam milhões de pessoas. Conheça os sintomas e tratamentos
A bexiga hiperativa (BH), também conhecida como Síndrome da Bexiga Hiperativa ou bexiga nervosa, é um conjunto de sintomas urinários que incluem urgência urinária com ou sem incontinência de urgência.
A BH é caracterizada por um aumento da frequência das micções e nictúria (necessidade de urinar durante a noite). Esses sintomas ocorrem sem que haja uma causa local ou metabólica identificável.
Segundo o National Overactive Bladder Study (NOBLE), a BH afeta 16,9% das mulheres e 16% dos homens nos Estados Unidos. Estima-se que uma em cada seis pessoas com mais de 40 anos sofra com seus sintomas. No Brasil, embora os dados específicos sejam escassos, acredita-se que a prevalência seja semelhante.
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Os sintomas da bexiga hiperativa
- Urgência urinária: Necessidade súbita e intensa de urinar.
- Frequência urinária aumentada: Urinar com mais frequência do que o normal, várias vezes ao dia e à noite.
- Incontinência urinária de urgência: Perda involuntária de urina antes de conseguir chegar ao banheiro.
- Nictúria: Acordar durante a noite para urinar.
- Dificuldade em esvaziar a bexiga: Pode levar a infecções do trato urinário.
- Incontinência mista: BH pode ocorrer juntamente com outros tipos de incontinência urinária, como a incontinência de esforço.
Causas
As causas da BH podem incluir distúrbios neurológicos, como danos aos sinais entre o cérebro e a bexiga, mudanças hormonais, fraqueza ou espasmos musculares pélvicos.
Infecções do trato urinário, efeitos colaterais de medicamentos e doenças que afetam o cérebro ou a medula espinhal, como acidente vascular cerebral e esclerose múltipla, também podem ser algumas das causas.
Diagnóstico
O diagnóstico da BH é baseado na avaliação clínica, que inclui a discussão dos sintomas com o paciente (anamnese), registro de micções, exames laboratoriais e de imagem, avaliação urodinâmica e exames para descartar infecções urinárias, como o Exame de Urina Tipo I (EAS) e a cultura de urina.
Tratamento
- Mudanças no estilo de vida: Ajustes na dieta e na ingestão de líquidos.
- Fisioterapia: Exercícios para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico.
- Medicações: Drogas que relaxam a bexiga ou reduzem a frequência das contrações.
- Cirurgia: Em casos graves e refratários ao tratamento clínico.
Incontinência urinária
A incontinência urinária é a perda involuntária de urina, que pode ocorrer por várias razões e afetar homens, mulheres e crianças.
É considerada um problema de saúde pública no Brasil, impactando significativamente a qualidade de vida das pessoas afetadas. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária afeta 10 milhões de pessoas no Brasil, representando 5% da população. Atinge 45% das mulheres e 15% dos homens acima dos 40 anos.
Para conscientizar a população e combater tabus, o dia 14 de março foi estabelecido como o Dia Mundial da Incontinência Urinária. Essa data busca promover o conhecimento sobre a condição e encorajar aqueles que sofrem com ela a buscar tratamento.