O que é o Epstein-Barr, vírus diagnosticado em Anitta?
Estudos apontam que a infecção por esse vírus é o gatilho para a esclerose múltipla
A cantora Anitta revelou ter sido diagnosticada com o vírus Epstein-Barr, mais conhecido por ser o vírus da mononucleose (doença do beijo) e que também aumenta o risco de esclerose múltipla.
A fala de Anitta sobre o vírus ocorreu durante o lançamento do documentário “Eu”, produzido pela atriz Ludmilla Dayer. No longa, a atriz conta sobre sua luta contra a esclerose múltipla, doença que – segundo ela – teria causada pelo vírus.
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Anitta conta ter sido diagnosticada com o vírus Epstein-Barr
De acordo com Anitta, foi Ludmilla quem a orientou a fazer os exames, por ver que a cantora estava com sintomas semelhantes aos seus e sem um diagnóstico específico. “Por sorte, por destino, eu consegui nem chegar no estágio que a Ludmila chegou”, disse Anitta.
Como ocorre a transmissão?
A transmissão do Epstein-Barr ocorre entre humanos, pelo contato com secreções orais (saliva), como no beijo ou ao compartilhar talheres e canudo; é rara a transmissão através de transfusão sanguínea ou contato sexual.
O período de incubação, ou seja da infecção até a manifestação dos primeiros sintomas é de 30 a 45 dias. Já o período de transmissibilidade pode durar um ano ou mais.
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, essa doença é mais comum entre os jovens de 15 a 25 anos, mas qualquer pessoa está suscetível à contaminação.
Depois da primeira infeção, o vírus permanece no organismo da pessoa e pode voltar a ficar ativo, tornando-a novamente contagiosa.
Sintomas da mononucleose (doença do beijo)
Algumas vezes, a mononucleose não apresenta sintomas, mas quando eles aparecem costumam ser os seguintes:
• Garganta inflamada
• Amídalas inflamadas / vermelhas
• Febre alta
• Fadiga
• Inchaço no pescoço e nas axilas
• Dores de cabeça
• Dores musculares
Diagnóstico
Por ter sintomas parecidos com os de outras infecções (como amidalite bacteriana e gripe), ao notar os sinais, é importante procurar um médico para saber do que se trata. O diagnóstico é clínico, associado a exames de sangue.
A maioria das pessoas se cura em poucas semanas. Mas, em alguns casos mais graves, pode ser necessário o uso de corticoides para tratar complicação como obstrução de vias aéreas, diminuição de plaquetas no sangue com risco de hemorragia ou anemia hemolítica.
Associação com outras doenças
O vírus Epstein-Barr pode ser gatilho para diversas doenças, além da doença do beijo e da esclerose múltipla. Entre elas estão: otites, síndrome de Guillain-Barré, cancro do nariz, da garganta e gástrico, Linfoma de Burkitt, Linfoma de Hodgkin, pneumonia intersticial, pancitopenia (diminuição do número de células do sangue) e uveíte (inflamação da úvea, a camada vascular do globo ocular).