O que fazer se seu colesterol alto for genético?
Além do tratamento com estatinas, certos hábitos saudáveis ajudam a gerenciar a condição
As pessoas geralmente não têm ideia de que têm colesterol alto, porque no dia a dia, ele não causa sintomas. No entanto, a condição também pode ter influência de fatores genéticos, como a hipercolesterolemia familiar (HF), uma doença hereditária que causa níveis elevados de colesterol desde o nascimento.
Para a população em geral, o colesterol LDL é impulsionado por hábitos de estilo de vida. Comer muita gordura saturada e estar acima do peso, por exemplo, aumenta o nível de LDL e diminui o colesterol “bom”, ou lipoproteína de alta densidade (HDL).
O colesterol alto — especificamente altos níveis de LDL — pode levar a doenças cardíacas, ataques cardíacos, derrames, pressão alta e doença arterial periférica.
Por isso, é fundamental adotar estratégias específicas para gerenciar e reduzir os riscos associados a doenças cardiovasculares.
O que é a hipercolesterolemia familiar?
A hipercolesterolemia familiar (HF) é uma doença hereditária que pode passar de geração para geração e que não tem cura. Sua origem é genética e, na família acometida pela doença, a prevalência é de 1 em cada 2 indivíduos.
A HF é causada por mutações em genes responsáveis pela regulação do colesterol no corpo, sendo o gene mais comumente afetado o que codifica o receptor de LDL (Low-Density Lipoprotein Receptor).
Este receptor é responsável por remover o colesterol LDL da corrente sanguínea. Quando o receptor é defeituoso ou ausente, o colesterol LDL se acumula no sangue, levando a níveis muito elevados.
Como gerenciar o colesterol alto?
1. Adote uma dieta saudável
Mesmo que o colesterol alto seja hereditário, uma alimentação balanceada pode ajudar a controlar os níveis. É importante incluir na dieta alimentos ricos em fibras solúveis, como aveia, frutas, legumes, e leguminosas, que ajudam a reduzir a absorção de colesterol.
Igualmente importante é limitar o consumo de gorduras saturadas e trans, encontradas em carnes vermelhas, laticínios integrais, alimentos processados e frituras, pois esses alimentos aumentam o colesterol LDL (colesterol “ruim”).
2. Pratique exercícios regularmente
A atividade física é essencial para melhorar os níveis de colesterol, especialmente o HDL (colesterol “bom”). Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, ciclismo e natação, são eficazes para reduzir o colesterol LDL e aumentar o HDL.
A recomendação dos órgãos de saúde é realizar pelo menos 150 minutos de exercícios moderados por semana.
3. Evite o tabagismo e o consumo excessivo de álcool
O tabagismo reduz os níveis de HDL e danifica as artérias, aumentando o risco de doenças cardíacas. Então, parar de fumar pode melhorar significativamente o perfil de colesterol e a saúde cardiovascular em geral.
Além disso, é recomendável evitar o consumo excessivo de álcool, pois ele pode aumentar os níveis de colesterol e triglicerídeos.
4. Medicação pode ser necessária
Para quem tem colesterol geneticamente alto, mudanças no estilo de vida podem não ser suficientes para controlar os níveis de colesterol. Em muitos casos, médicos prescrevem medicamentos como estatinas, que ajudam a reduzir os níveis de LDL e a prevenir complicações cardiovasculares.
É importante seguir rigorosamente as orientações médicas e fazer check-ups regulares para monitorar a eficácia do tratamento.