Embora o acidente vascular cerebral (AVC) seja frequentemente associado a pessoas mais velhas, é um erro pensar que os jovens adultos estão imunes a essa condição.

Apesar de ser menos comum em indivíduos com menos de 45 anos, o AVC pode causar sequelas permanentes e afetar a qualidade de vida dos jovens que o experimentam.

O que leva um jovem sofrer AVC? - iSTock/metamorworks

Principais fatores de risco

Vários fatores de risco contribuem para a ocorrência de AVC em jovens. A hipertensão é um dos principais, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimando que 40% das mortes por AVC poderiam ser evitadas com o controle adequado da pressão arterial.

O tabagismo também é uma preocupação significativa. Fumantes têm o dobro das chances de sofrer um AVC em comparação com não fumantes, devido ao efeito do cigarro no endurecimento e estreitamento das artérias, além de aumentar a pressão arterial e favorecer a formação de coágulos.

O consumo de álcool e drogas ilícitas também aumenta consideravelmente o risco de AVC entre os jovens. Outras condições de saúde, como fibrilação atrial, insuficiência cardíaca e diabetes, além de colesterol alto e obesidade, elevam ainda mais essas chances.

A falta de atividade física e uma dieta pobre em nutrientes, rica em gorduras saturadas e sódio, contribuem para o aumento do risco de AVC.

Reconhecer os sinais do AVC pode salvar vidas. Esteja atento à saúde do seu cérebro! - iSTock/Madrolly

Como reconhecer um AVC

Reconhecer um AVC rapidamente é crucial. Os sintomas mais comuns incluem fraqueza ou dormência súbita em um lado do corpo, afetando o rosto, braço ou perna, geralmente sem dor. Essa perda de força pode variar de leve, como dificuldade para segurar objetos, até intensa, com perda total de movimento.

Outro sinal importante é a fala arrastada ou dificuldade para formar palavras, o que pode indicar afasia — um forte indicativo de que algo está errado no cérebro. A assimetria facial, onde um lado do rosto parece caído, também é um sinal clássico de AVC.

Alguns indivíduos relatam uma dor de cabeça extremamente forte e repentina, especialmente no caso de um AVC hemorrágico. Essa dor pode vir acompanhada de vômitos, tontura ou perda de consciência. Além disso, problemas repentinos de equilíbrio, falta de coordenação e vertigem são outros sinais que não devem ser ignorados.

Mantenha-se informado sobre os riscos do AVC, pois a prevenção começa com a conscientização - iSTock/Pheelings Media

Tipos de AVC

Existem três tipos principais de AVC:

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico: Este tipo ocorre quando um vaso sanguíneo que fornece sangue ao cérebro é bloqueado por um coágulo sanguíneo. Representa a maioria dos casos de AVC.
Ataque Isquêmico Transitório (miniAVC): Trata-se de um bloqueio temporário no fluxo sanguíneo para o cérebro. Os sintomas costumam durar apenas alguns minutos ou desaparecem em até 24 horas.
AVC Hemorrágico: Menos comum, mas mais grave, este tipo ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando sangramento. O AVC hemorrágico apresenta um risco elevado de morte ou incapacidade permanente.