Obesidade: 4 consequências causadas pela doença

Obesidade se trata como uma doença crônica capaz de comprometer a qualidade de vida

Indivíduos que têm parentes obesos de grau próximo, como pais e avós, podem carregar genes de predisposição à obesidade – iStock/Getty Images
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Indivíduos que têm parentes obesos de grau próximo, como pais e avós, podem carregar genes de predisposição à obesidade – iStock/Getty Images

Em 2023, 17,1% da população brasileira apresenta índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 30 kg/cm², o que configura obesidade. Atualmente, mais da metade da população brasileira (56,8%) está com excesso de peso, uma soma de pessoas com sobrepeso e com obesidade, indica números colhidos pelo Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia).

Constante tendência nos lares brasileiros, a obesidade se trata como uma doença crônica capaz de comprometer a qualidade de vida e está relacionada a diversas outras doenças como hipertensão, diabetes e específicos casos de câncer.

Quais são os fatores de risco?

Segundo o blog Vida Saudável, do Hospital Albert Einstein, diversos fatores favorecem as chances de um indivíduo se tornar obeso, como:

sedentarismo: fazer pouca atividade física no dia a dia faz com que o gasto calórico seja menor (a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda exercitar-se por cerca de 150 minutos semanais);

genética: indivíduos que têm parentes obesos de grau próximo, como pais e avós, podem carregar genes de predisposição à obesidade;

má alimentação: o consumo excessivo de ultraprocessados, sódio, açúcar e alimentos com pouco valor nutricional estimula o ganho de peso;

medicamentos: o acúmulo de gordura corporal e a retenção de líquido podem ser efeitos colaterais de alguns fármacos;

problemas hormonais: o aumento dos níveis de cortisol e o hipotireoidismo favorecem o ganho de peso;

transtornos psicológicos: a depressão e a ansiedade, por exemplo, podem levar ao aumento do consumo de alimentos calóricos e à diminuição da atividade física;

problemas neurológicos: lesões em algumas regiões do cérebro, como o hipotálamo, também provocam o aumento da gordura corporal.

4 principais consequências da obesidade

Tendo em vista a sua capacidade de acarretar ou agravar diversas outras complicações de saúde, vale ressaltar 4 das principais consequências ligadas à obesidade. Confira a seguir:

1. Diabetes

O aumento do peso é, na maioria das vezes, consequência de um gasto calórico menor que o consumo. Sendo assim, a energia não utilizada é estocada em forma de gordura. No entanto, o excesso de tecido adiposo interfere no funcionamento da insulina, hormônio cuja principal função é regular os níveis de açúcar na corrente sanguínea.

Quando há resistência à insulina, as chances de desenvolver diabetes do tipo 2 são maiores. Desse modo, essa doença é outra das graves consequências da obesidade, que compromete a qualidade de vida de um indivíduo e pode ter muitas complicações, como problemas de visão e cicatrização.

2. Hipertensão

A hipertensão é uma doença cardiovascular causada pelo aumento da pressão arterial. Isso ocorre quando a tensão da circulação de sangue sobe consideravelmente, o que pode danificar as paredes das veias e artérias.

Um alto índice de gordura corporal se relaciona, também, a uma grande quantidade de triglicerídeos e colesterol LDL (conhecido como “colesterol ruim”). Esse aumento de lipídios no sangue pode comprometer a sua circulação e provocar a hipertensão. Por essa razão, pessoas obesas têm mais chances de desenvolver essa complicação que indivíduos com o IMC regular.

2. Asma
Outra doença crônica, a asma atinge o sistema respiratório e afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Cansaço, falta de ar e chiado no peito são apenas alguns dos sinais que surgem com esse transtorno. Os sintomas são ainda mais intensos na hora de dormir, ao fazer uma atividade física ou na presença de fatores alergênicos.

Um dos possíveis causadores da asma é a reação à leptina, uma proteína produzida principalmente pelo tecido adiposo — células responsáveis pelo armazenamento de gordura. Por isso, essa é uma das principais consequências da obesidade.

O excesso de peso é um dos fatores que favorecem o surgimento dessa doença, por dificultar a passagem de ar pelas vias respiratórias.

3. Apneia do sono

A apneia do sono é um problema que provoca barulhos e interrupções na respiração ao dormir. Como consequência, compromete a qualidade do sono, causando sonolência durante o dia, dificuldade de concentração e de raciocínio e redução da oferta de oxigênio no sistema nervoso, entre outros problemas.