Olhos podem dar sinais de demência, indica estudo

No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas vivem com alguma forma de demência

Por André Nicolau em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
10/11/2024 17:00

Olhar vago ou a dificuldade em focar visualmente podem ocorrer devido aos danos cerebrais progressivos perfectlab/istock
Olhar vago ou a dificuldade em focar visualmente podem ocorrer devido aos danos cerebrais progressivos perfectlab/istock - perfectlab/istock

A demência impacta a memória, o comportamento e até a mobilidade ao longo do tempo, afetando de maneira profunda as atividades diárias. Embora muitos estejam familiarizados com sinais mais evidentes, como a perda de memória, há manifestações menos conhecidas que merecem atenção cuidadosa.

Entre esses sintomas, há alterações no olhar e na visão. Um exemplo é a perda repentina de visão, associada à doença de Alzheimer, além do olhar fixo e distante, conforme aponta resultado de um estudo divulgado pelo hospital universitário  Cedars-Sinai, em Los Angeles, nos Estados Unidos. 

Por que os olhos dão sinais de demência?

Esse olhar vago ou a dificuldade em focar visualmente podem ocorrer devido aos danos cerebrais progressivos que afetam as funções cognitivas e sensoriais. A percepção de profundidade e de espaço também pode ser prejudicada, dificultando a orientação até em locais familiares e comprometendo a mobilidade.

Outros indícios menos comuns podem incluir alterações no sono, paranoia, tendência a vagar sem rumo, esconder objetos ou ter sensibilidade a sons, além de mudanças nos sentidos de paladar e olfato. Esses sintomas, por serem mais sutis, muitas vezes passam despercebidos ou são confundidos com outras condições.

Vale lembrar que a doença é um termo abrangente que inclui diferentes condições, como Alzheimer, demência vascular e demência com corpos de Lewy. Cada uma delas pode provocar sintomas distintos, incluindo mudanças visuais e comportamentais.

Ao perceber essas alterações em alguém próximo ou em si mesmo, é essencial buscar orientação de um profissional de saúde, como um geriatra ou neurologista. Um diagnóstico precoce e um acompanhamento adequado podem fazer a diferença na qualidade de vida e na compreensão do quadro clínico.
 
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