Ômicron em animais em NY gera preocupação sobre variantes
Cientistas temem que esses animais selvagens possam se tornar um reservatório do vírus ou levar a novas mutações que escapem da proteção das vacinas
Um novo estudo, que ainda não foi revisado por pares, descobriu que 15% dos 131 veados de cauda branca que vivem no distrito de Staten Island, em Nova York, testaram positivo para anticorpos da variante Ômicron do coronavírus.
Isso quer dizer que esses animais tiveram infecções anteriores por coronavírus e eram vulneráveis, a repetidas reinfecções com novas variantes.
Embora ainda não haja evidências de que o vírus possa se espalhar de animais para humanos, as descobertas – da Universidade Estadual da Pensilvânia, do Departamento de Parques e Recreação da cidade de Nova York e do grupo de conservação White Buffalo – levantam preocupações de que os cervos possam se tornar um reservatório do vírus ou levar a novas mutações.
Se isso acontecer, as chances de surgir uma nova cepa que escape da proteção da vacina atual é grande.
Descobertas anteriores
Esta não é a primeira vez que veados foram identificados com covid-19. Em setembro do ano passado, pesquisadores encontraram amostras positivas para o vírus em cervos no estado de Iowa.
De acordo com o Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos EUA, veados infectados com covid foram descobertos em vários estados, incluindo Illinois, Michigan, Nova York, Pensilvânia e Ohio. Especialistas dizem que os novos resultados não foram surpreendentes.
Ainda não evidências de que animais estejam transmitindo o vírus para humanos, porém, a maioria das infecções por coronavírus foi relatada em espécies que tiveram contato próximo com uma pessoa infectadas.