OMS faz alerta aos vacinados sobre quarta onda da covid-19
Tedros Adhanom reforça que pandemia não acabou e que nenhum país ou região está fora de perigo
Com a quarta onda da covid-19 ganhando velocidade na Europa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um alerta importante, dessa vez para os vacinados.
Segundo ele, preocupa a falsa sensação de segurança causada pelas vacinas. “As vacinas salvam vidas, mas não evitam totalmente a transmissão da covid-19”, afirmou.
“Em muitos países e comunidades, estamos preocupados com a falsa sensação de segurança de que as vacinas acabaram com a pandemia da covid-19 e que os vacinados não precisam tomar quaisquer outros cuidados”, completou.
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A preocupação é com a retomada das atividades sociais, especialmente com a proximidade dos feriados de fim de ano, que devem aumentar a mobilidade e os encontros.
“Se você for vacinado, terá um risco muito menor de covid grave e morte, mas ainda corre o risco de ser infectado e infectar outras pessoas. Continue a tomar precauções. Isso significa usar máscara, manter o distanciamento, evitar multidões e encontrar outras pessoas do lado de fora, se puder, ou dentro, mas em um espaço bem ventilado”, afirmou.
Olhos voltados para a Europa
Nos últimos dias, vários dirigentes da OMS têm feito alertas sobre o aumento do número de casos da covid-19 em países europeus.
A delegação europeia da entidade afirma que 25 países do continente correm risco de ficarem sem leitos hospitalares e enfrentarem mais de 700 mil mortes pela doença até março de 2022, caso a tendência atual se mantenha.
Apesar da situação estar crítica na Europa, Tedros afirma que nenhum país ou região está fora de perigo.
A diretora técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, destacou ainda a preocupação com as sequelas da doença chamada de covid longa.
A condição faz com que as pessoas continuem sentindo os sintomas da doença, mesmo após se recuperarem da infeção.
“Quanto mais pessoas se infectarem, maior será o número de pessoas com Covid prolongada. Ainda não sabemos quantas pessoas vão sofrer disso”, disse Maria Van Kerkhove.