OMS diz que aumento de casos de covid é apenas a ponta do iceberg
Subida na curva global de casos da doença pode anunciar um problema muito maior, já que alguns países têm testado menos contra o vírus
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou mais uma vez nesta quarta-feira, 16, durante uma coletiva de imprensa, que a pandemia ainda está longe do fim e que os aumentos de casos de covid reportados na Europa e na Ásia nas últimas semanas representam apenas a ponta do iceberg.
Segundo Tedros Adhanom, os números que voltaram a subir em alguns países não representam a realidade, porque a taxa de testes realizados caiu muito.
“Esses aumentos estão ocorrendo apesar das reduções nos testes em alguns países, o que significa que os casos que estamos vendo são apenas a ponta do iceberg”, disse o chefe da OMS.
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Qual a causa?
Para a agência de saúde da ONU, uma combinação de fatores está causando essa subida na curva de transmissões, incluindo a variante Ômicron, que altamente transmissível, e a subvariante BA.2 e o afrouxamento da medidas restritivas e de distanciamento social.
A diretora técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, ainda citou que as baixas taxas de vacinação em alguns países, impulsionadas em parte por uma “enorme quantidade de desinformação”, também explicam esse aumento de infecções.
“Nós entendemos que o mundo precisa e quer prosseguir, mas esse vírus se dissemina de forma muito eficiente, quanto mais se disseminar, mais terá mutações. A boa notícia é que temos ferramentas, como uso da máscara e distanciamento, e sabemos que vacinas salvam vidas. Trata-se de uma abordagem em camadas”, disse Maria Van Kerkhove.
Segundo a OMS, globalmente, o número de novos casos de covid-19 teve um aumento de 8% em comparação com a semana anterior, com 11 milhões de novos casos e mais de 43.000 novas mortes relatadas de 7 a 13 de março.
O diretor de Emergências da OMS, Michael Ryan, explicou que é esperado um novo crescimento de casos pois há declínio natural da imunidade das vacinas dadas há vários meses.
“Ele [vírus] vai sobrevier nesses bolsões de suscetibilidade, passar de um local para outro. Ele pode ficar ali dormente em uma comunidade até que outra se torne suscetível”, disse Ryan.