OMS convoca reunião de emergência para tratar de epidemia

O vírus é amplamente transmitido por meio do contato sexual

08/08/2024 19:36 / Atualizado em 21/08/2024 10:02

O comitê de emergência da OMS irá se reunir “o mais rápido possível” para tratar da epidemia de monkeypox (vírus MPox), que está em curso em vários países africanos.

A reunião visa avaliar se é necessário declarar o nível de alerta mais alto para a epidemia.

De acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, há a possibilidade de uma nova propagação internacional da doença dentro e fora da África

“À luz da disseminação do mpox para fora da RDC e do potencial de disseminação internacional dentro e fora da África, decidi convocar um Comitê de Emergência sob o Regulamento Sanitário Internacional para me aconselhar sobre se o surto representa uma emergência de saúde pública de interesse internacional”, disse o chefe da OMS em uma publicação nas redes sociais.

O que é a monkeypox?

Anteriormente conhecida como varíola dos macacos, a varíola símia é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido aos humanos por animais infectados. O vírus também pode ser transmitido de humano para humano por meio de contato físico próximo.

Foi descoberto pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo. a infecção causa febre, dores musculares e grandes lesões cutâneas semelhantes a furúnculos.

OMS convoca reunião de emergência para falar da epidemia de Mpox
OMS convoca reunião de emergência para falar da epidemia de Mpox - Débora F. Barreto-Vieira, IOC/Fiocruz

Em maio de 2022, as infecções por mpox aumentaram em todo o mundo.

O surto levou a OMS a declarar uma emergência internacional de saúde pública, que durou de julho de 2022 a maio de 2023. 

As vacinas ajudaram a neutralizar a ameaça em países ricos, mas não foram disponibilizadas adequadamente aos países pobres, tornando a doença mais difícil de erradicar.

Desde setembro de 2023, uma cepa diferente de mpox, o subclado Clade Ib, tem surgido na República Democrática do Congo.

O surto no país que já registrou quase 27.000 casos e matou cerca de 1.100 pessoas, muitas delas crianças.