OMS decreta emergência internacional após surtos de mpox
A epidemia está concentrada na República Democrática do Congo, mas o vírus já apareceu em uma dúzia de outros países africanos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira, 14, que o surto de mpox em países da África como uma emergência sanitária global.
Esta é a segunda vez em três anos que a OMS designa uma epidemia de mpox como uma emergência global.
A primeira vez foi em julho de 2022, quando o vírus afetou quase 100.000 pessoas, principalmente homens gays e bissexuais, em 116 países, e matou cerca de 200 pessoas.
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A rápida disseminação da Mpox, antigamente chamada de varíola dos macacos, dessa vez parece ser mais preocupante. Desde o início deste ano, a República Democrática do Congo sozinha relatou mais de 14.000 casos de mpox e 524 mortes.
A designação da OMS de uma “emergência de saúde pública de interesse internacional” tem como objetivo levar os países-membros a começarem a se preparar para o surgimento do vírus.
Também visa que esses países compartilhem vacinas, tratamentos e outros recursos essenciais com as nações mais pobres.
O que é a Mpox?
A mpox (varíola dos macacos) é uma zoonose causada pelo vírus monkeypox, do gênero Orthopoxvirus, pertencente à família Poxviridae. A essa família, também pertencem os vírus da varíola e o vírus Vaccínia, a partir do qual a vacina contra varíola foi desenvolvida.
Há duas cepas geneticamente distintas do vírus da mpox: a cepa da Bacia do Congo (África Central) e a cepa da África Ocidental. As infecções humanas com a cepa da África Ocidental parecem causar doença menos grave em comparação com a cepa da bacia do Congo.
O vírus pode espalhar-se através de contato próximo, como toque, beijo ou sexo, bem como através de materiais contaminados como lençóis, roupas e agulhas, segundo a OMS.
Os sintomas incluem febre, erupção cutânea dolorosa, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, baixa energia e gânglios linfáticos aumentados.
Vacinas
As duas vacinas atualmente em uso contra a mpox são recomendadas pela OMS, bem como por países individuais, incluindo Nigéria e República Democrática do Congo.
A OMS está trabalhando com países e fabricantes de vacinas em possíveis doações de doses e coordenando com parceiros para facilitar o acesso equitativo a vacinas, tratamentos, diagnósticos e outras ferramentas.