OMS finalmente responde se há relação entre uso de celular e câncer no cérebro
A radiação não ionizante emitida pelos aparelhos sempre foi motivo de preocupação de cientistas
Você já deve ter ouvido sobre a relação entre a radiação emitida pelo celular e risco de câncer de cérebro. Há muito especula-se sobre essa ligação. Agora, uma revisão encomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que não há evidências dessa ligação, mesmo para aqueles que utilizam seus smartphones durante todo o dia.
Um grupo de 11 especialistas de 10 países diferentes revisou várias décadas de pesquisa científica para chegar a essa conclusão.
A equipe analisou 5.000 estudos publicados entre 1994 e 2022, selecionando 63 deles para a análise final.
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Os achados foram publicados na revista científica Environment International, no dia 30 de agosto.
O que os pesquisadores descobriram?
O painel de especialistas investigou se havia alguma conexão entre o câncer e a exposição a radiofrequências, como as emitidas por eletrônicos sem fio, incluindo celulares.
Os resultados mostraram que o risco de câncer cerebral não aumentou, mesmo com o uso prolongado de celulares (considerado 10 anos ou mais), entre os que utilizam os aparelhos por longos períodos ou fazem muitas ligações.
Além disso, não foram encontrados riscos maiores de leucemia ou câncer cerebral em crianças expostas a transmissores de rádio, TV ou torres de celular.
Por que os celulares eram vistos como um risco?
Em 2011, a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, ligada à OMS, classificou a exposição a ondas de rádio como um possível carcinógeno para humanos.
Essa classificação foi baseada em evidências limitadas de estudos observacionais.
Celulares, assim como redes WiFi, estações de rádio, controles remotos e sistemas de GPS, utilizam ondas de rádio invisíveis para transmitir informações.
Desde então, muitos estudos adicionais foram realizados sobre as ondas de rádio, levando a OMS a encomendar essa nova revisão mais abrangente.