OMS investiga variantes recombinantes do novo coronavírus

Agência de saúde disse que monitora e avalia de perto o risco à saúde pública associado a essas novas cepas

06/04/2022 13:25

O coronavírus continua a evoluir dando origem a novas variantes recombinantes, foco de atenção agora da Organização Mundial da Saúde (OMS).  Por meio de um boletim divulgado na terça-feira, 5, a agência de saúde informou que outras variantes, incluindo recombinantes, continuarão a surgir enquanto o vírus estiver em circulação.

De acordo com a entidade, a recombinação é comum entre os coronavírus e algo já esperado.

Uma variante recombinante ocorre quando um indivíduo é infectado com duas ou mais variantes ao mesmo tempo, levando a uma mistura de material genético no corpo humano.

OMS investiga a variantes recombinantes
OMS investiga a variantes recombinantes - Rost-9D/istock

XE parece ser mais contagiosa

A variante XE, que já provocou mais de 600 casos no Reino Unido, mistura informações da BA.1, a cepa original da Ômicron, com BA.2, chamada de subvariante da Ômicron.

A OMS informou que ela parece ser a mais transmissível de todas as versões de coronavírus já identificadas até agora.

“As estimativas iniciais indicam uma vantagem na taxa de crescimento da comunidade de cerca de 10% em comparação com BA.2, no entanto, essa descoberta requer confirmação adicional”, diz boletim da agência.

Informações da Ômicron estão presentes em todas as variantes recombinantes em investigação
Informações da Ômicron estão presentes em todas as variantes recombinantes em investigação - Gilnature/istock

A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA), que rastreia as variantes do SARS-CoV-2, analisou três recombinantes, conhecidas como XF, XE e XD.

Dessas novas cepas, XD e XF são recombinantes de Delta e Ômicron original BA.1, enquanto XE é um recombinante de Ômicron original BA.1 e BA.2.

A UKHSA afirmou que no Reino Unido, apenas 38 casos de XF foram identificados, embora nenhum desde meados de fevereiro.

A OMS disse que monitora e avalia de perto o risco à saúde pública associado às variantes recombinantes e informou que “a XE continua a pertencer à variante Ômicron até que diferenças significativas na transmissão e nas características da doença, incluindo a gravidade, possam ser relatadas”.