OMS investiga variantes recombinantes do novo coronavírus
Agência de saúde disse que monitora e avalia de perto o risco à saúde pública associado a essas novas cepas
O coronavírus continua a evoluir dando origem a novas variantes recombinantes, foco de atenção agora da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por meio de um boletim divulgado na terça-feira, 5, a agência de saúde informou que outras variantes, incluindo recombinantes, continuarão a surgir enquanto o vírus estiver em circulação.
De acordo com a entidade, a recombinação é comum entre os coronavírus e algo já esperado.
Uma variante recombinante ocorre quando um indivíduo é infectado com duas ou mais variantes ao mesmo tempo, levando a uma mistura de material genético no corpo humano.
XE parece ser mais contagiosa
A variante XE, que já provocou mais de 600 casos no Reino Unido, mistura informações da BA.1, a cepa original da Ômicron, com BA.2, chamada de subvariante da Ômicron.
A OMS informou que ela parece ser a mais transmissível de todas as versões de coronavírus já identificadas até agora.
“As estimativas iniciais indicam uma vantagem na taxa de crescimento da comunidade de cerca de 10% em comparação com BA.2, no entanto, essa descoberta requer confirmação adicional”, diz boletim da agência.
A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA), que rastreia as variantes do SARS-CoV-2, analisou três recombinantes, conhecidas como XF, XE e XD.
Dessas novas cepas, XD e XF são recombinantes de Delta e Ômicron original BA.1, enquanto XE é um recombinante de Ômicron original BA.1 e BA.2.
A UKHSA afirmou que no Reino Unido, apenas 38 casos de XF foram identificados, embora nenhum desde meados de fevereiro.
A OMS disse que monitora e avalia de perto o risco à saúde pública associado às variantes recombinantes e informou que “a XE continua a pertencer à variante Ômicron até que diferenças significativas na transmissão e nas características da doença, incluindo a gravidade, possam ser relatadas”.