Os 3 fatores de risco de câncer mais subestimados
Modificar esses fatores-chave de risco podem reduzir significativamente as chances de desenvolver a doença
De acordo com os dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer é a segunda principal causa de morte no mundo. Em 2018, cerca de 10 milhões de mortes foram em razão da doença. Muitos dos fatores de risco, no entanto, são subestimados pela população em geral.
Dos diferentes tipos do câncer, os mais prevalentes entre os homens são os que ocorrem nos pulmões, próstata, colorretal, estômago e fígado. Nas mulheres, os tipos de câncer mais comuns são os que se iniciam nas mamas, colorretal, pulmão, colo do útero e tireoide.
Fatores de risco subestimados
De acordo com a OMS, cerca de um terço das mortes por câncer se devem aos cinco principais riscos comportamentais e alimentares: alto índice de massa corporal, baixo consumo de frutas e vegetais, falta de atividade física e uso de álcool e tabaco.
Entre os fatores mais subestimados se encontram:
Alto consumo de alimentos processados
De acordo com um estudo da Lancet, consumir alimentos processados em grandes quantidades reduz a necessidade nutricional do corpo. Também o torna exposto a vários aditivos químicos nocivos.
A ingestão de alimentos processados aumenta o risco de câncer de mama, câncer colorretal e leucemia linfocítica crônica.
“A substituição de 10% dos alimentos processados (e para alguns tipos de câncer de alimentos ultraprocessados) por uma quantidade igual de alimentos minimamente processados foi associada a riscos reduzidos de câncer geral, câncer de cabeça e pescoço, carcinoma de células escamosas do esôfago, câncer de cólon, câncer retal, carcinoma hepatocelular e câncer de mama na pós-menopausa”, constatou um estudo da Lancet.
Obesidade
A obesidade está ligada a pelo menos 13 tipos de câncer. Também aumenta o risco de morte por câncer e todos os tipos de doenças.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a explicação para essa forte incidência ocorre pelo processo inflamatório provocado no organismo. Ou seja: o excesso de gordura corporal provoca um estado de inflamação crônica e aumentos nos níveis de determinados hormônios, que promovem o crescimento de células cancerígenas, aumentando as chances de desenvolvimento da doença.
Sexo desprotegido
Pouco se fala sobre práticas sexuais e o risco de câncer. Um relatório de saúde, publicado no The New England Journal of Medicine, destacou o risco de desenvolver câncer de garganta devido ao sexo oral.
“O HPV é transmitido sexualmente. Para o câncer de orofaringe, o principal fator de risco é o número de parceiros sexuais ao longo da vida, especialmente sexo oral. Aqueles com seis ou mais parceiros sexuais orais têm 8,5 vezes mais chances de desenvolver câncer de orofaringe do que aqueles que não praticar sexo oral”, disse o relatório.