Os 8 fatores que colocam você em maior risco de câncer de mama
Uma combinação de estilo de vida e fatores de risco genéticos aumentam suas chances da doença
O câncer de mama ocorre quando as células da mama começam a crescer anormalmente, dividindo-se descontroladamente e formando uma massa que geralmente é detectada como um caroço duro (ou em outra manifestação de sintomas).
Mas o que faz isso acontecer? Os especialistas ainda não têm certeza do que exatamente é o gatilho que desencadeia essas mutações celulares — mas eles sabem que vários fatores de risco aumentam suas chances.
Os fatores de risco podem ser divididos em duas categorias: estilo de vida e genética.
- Estudo aponta para fator que aumenta em 31% o risco de demência
- Ingrediente encontrado em ultraprocessados aumenta risco de depressão
- Entenda por que, segundo a ciência, esta atividade ajuda a reduzir o risco de câncer de próstata
- Pesadelos podem sinalizar risco de demência, segundo estudo
No entanto, é importante saber que só porque você tem um ou mais fatores de risco para câncer de mama, isso não significa necessariamente que você irá desenvolvê-lo.
E, por outro lado, mesmo que você não tenha nenhum dos fatores de risco, isso não significa que você esteja 100% seguro.
Fatores de risco para o câncer de mama
Consumo de álcool
De acordo com a American Cancer Society, mulheres que bebem dois ou três drinques por dia têm um risco 20% maior de desenvolver câncer de mama.
O álcool pode aumentar os níveis de estrogênio no corpo, e pode ser por isso que aumenta o risco.
Obesidade e sobrepeso
A obesidade é um fator de risco, especialmente entre as mulheres na pós-menopausa.
Antes da menopausa, os ovários produzem a maior parte do estrogênio. Após a menopausa, os ovários param de produzir estrogênio, então a maior parte do hormônio vem do tecido adiposo.
Os estrogênios causam o crescimento dos chamados tumores receptores positivos, aumentando assim o risco de câncer de mama.
Ter muita gordura pode aumentar os níveis de estrogênio e aumentar o risco de contrair câncer de mama.
Além disso, as mulheres com excesso de peso tendem a ter níveis mais elevados de insulina no sangue, que é associados ao câncer de mama.
Sedentarismo
A atividade física regular reduz o risco de câncer de mama, especialmente em mulheres após a menopausa.
Embora não esteja claro quanta atividade você precisa, alguns estudos descobriram que mesmo apenas algumas horas por semana de exercício podem ser úteis.
Um estudo publicado no JAMA examinou a presença de câncer de mama em mulheres ativas e menos ativas. A pesquisa descobriu que as mulheres que praticavam atividade física regular aos 35 anos tinham um risco 14% menor de câncer de mama.
Ter filhos mais tarde na vida
Existe um risco ligeiramente maior de câncer de mama entre mulheres que nunca tiveram filhos ou tiveram filhos depois dos 30 anos.
Durante a gravidez, os níveis de estrogênio e progesterona no corpo da mulher são significativamente alterados, e essas mudanças hormonais podem ter um efeito protetor contra o câncer de mama.
Mulheres que não têm filhos ou que têm o primeiro filho após os 30 anos de idade têm menos dessas alterações hormonais protetoras ao longo de suas vidas. Isso pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de mama.
Não amamentar
Alguns estudos sugerem que a amamentação pode reduzir ligeiramente o risco de câncer de mama, especialmente se for feita por um ano e meio a dois anos.
Isso pode ocorrer porque a amamentação reduz o número total de ciclos menstruais da mulher e a produção de leite limita a capacidade das células mamárias de agirem de forma anormal.
Um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute examinou o tecido mamário de mulheres com câncer de mama. A pesquisa descobriu que mulheres que amamentaram tiveram um risco 30% menor de recorrência e um risco 28% menor de morrer de câncer de mama.
Tomando anticoncepcionais hormonais
Os hormônios presentes em alguns métodos anticoncepcionais, incluindo anticoncepcionais orais, injeções anticoncepcionais e DIU, podem aumentar o risco de câncer de mama.
Um estudo publicado no New England Journal of Medicine descobriu um risco 20% maior de desenvolver câncer de mama entre mulheres que usam esses métodos.
Terapia hormonal após a menopausa
A terapia hormonal com estrogênio e progesterona pode ajudar a aliviar os sintomas da menopausa, mas também pode aumentar o risco de câncer de mama em cerca de 75%.
De acordo com a American Cancer Society, os riscos podem superar os benefícios da terapia hormonal. Portanto, é importante conversar com seu médico antes de usá-la.
Ter certo genes herdados
Acredita- se que cerca de 5 a 10% dos casos de câncer de mama sejam hereditários, o que significa que são o resultado de defeitos genéticos (mutações) transmitidos de um dos pais.
Especificamente, ter uma mutação herdada do gene BRCA1 ou BRCA2 é a causa mais comum de câncer de mama hereditário.