Os diferentes tipos de depressão e seus sintomas
Aprenda sobre os diferentes tratamentos disponíveis para os diversos tipos de depressão
Poucas pessoas sabem que a depressão pode se manifestar de diferentes formas. Durante uma consulta, é responsabilidade do psiquiatra identificar qual o tipo específico de depressão que o paciente está enfrentando. Essa diferenciação é muito importante para definir o tratamento mais adequado.
A identificação do tipo de depressão
Cada tipo de depressão demanda tratamento específico, incluindo antidepressivos, cuja dosagem e duração variam conforme a necessidade do paciente.
A fase aguda do tratamento pode necessitar de um regime diferente do que é usado na fase de manutenção. Além disso, alguns tipos de depressão podem exigir uma combinação de medicamentos e psicoterapia.
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A psicoterapia é uma parte essencial do tratamento para todas as formas de depressão. Ela ajuda os pacientes a entender e a lidar com sua condição, facilitando a integração do tratamento médico e promovendo a recuperação.
Tipos de depressão
Transtorno depressivo maior
O transtorno depressivo maior é a forma clássica de depressão, marcada por uma série de sintomas graves que impactam a vida diária.
Estes incluem tristeza profunda, sentimentos de culpa e inutilidade, dificuldades para dormir, mudanças no apetite, fadiga, irritabilidade, sensação de vazio e pensamentos suicidas.
Além disso, a depressão pode provocar sintomas físicos, como dores, e comprometer a capacidade de concentração e tomada de decisões.
Depressão psicótica
A depressão psicótica é uma forma severa de depressão que inclui sintomas comuns de depressão maior, além de delírios e alucinações. Esta forma de depressão representa uma desconexão com a realidade e pode ser extremamente debilitante.
Depressão reativa
Também conhecida como depressão situacional ou transtorno depressivo breve, a depressão reativa ocorre em resposta a eventos estressantes específicos.
Por outro lado, ao contrário da depressão maior, que pode surgir sem um motivo claro, a depressão reativa é desencadeada por fatores externos identificáveis, como a perda de um ente querido, um divórcio ou a perda do emprego.
Depressão pós-parto
A depressão pós-parto é uma condição que afeta algumas mães após o nascimento de um bebê. Além disso, mais intensa e duradoura do que o ‘baby blues’, essa forma de depressão pode afetar significativamente a capacidade da mãe de cuidar de si mesma e do bebê.
No Brasil, aproximadamente 25% das mães apresentam sintomas de depressão no período de 6 a 18 meses após o parto. Uma combinação de fatores hormonais, emocionais e de estilo de vida pode causar essa condição.
Depressão bipolar
A depressão bipolar ocorre em indivíduos com transtorno bipolar, que inclui tanto episódios depressivos quanto episódios maníacos ou hipomaníacos.
Além disso, aproximadamente 4 milhões de brasileiros sofrem de transtorno bipolar, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Distimia
A distimia é uma forma mais leve, porém crônica, de depressão. Os sintomas são menos intensos, mas persistem por pelo menos dois anos, com a maioria dos dias apresentando sinais de cansaço e desânimo. Essa condição geralmente começa na adolescência ou no início da vida adulta.
Tratamento da depressão
O tratamento da depressão é uma combinação de medicamentos e psicoterapia. A escolha do antidepressivo depende do tipo de depressão, histórico pessoal e familiar, resposta anterior a medicamentos, presença de outras condições clínicas e características dos antidepressivos.
Dados do Ministério da Saúde indicam que 90-95% dos pacientes apresentam remissão total com o tratamento adequado. É possível acessar o tratamento na Atenção Primária, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e nos ambulatórios especializados.
A possibilidade de cura
É possível gerenciar a depressão com sucesso, embora alcançar a “cura” possa ser complexo. Muitos indivíduos conseguem alcançar uma recuperação significativa e viver bem com tratamento adequado.
A combinação de psicoterapia e medicação pode reduzir significativamente ou eliminar os sintomas, levando a períodos de remissão.
A adesão ao tratamento, suporte social e práticas de autocuidado são cruciais na gestão da depressão. Embora a depressão possa ser uma condição recorrente para alguns, com vigilância contínua e estratégias de prevenção, é possível manter uma boa qualidade de vida.